terça-feira, 22 de julho de 2008

Sobre a solidão

Hoje do alto da escadaria da igreja olhei a minha volta e pensei: esse é o mundo e essa sou eu! Por um momento tive a sensação mágica de me reconhecer como indivíduo, entender que eu sou parte de algo muito maior do que meus pensamentos, dores e sentimentos.
Por um momento senti alívio. Respirei fundo e fui andar. Depois de um dia intenso em que a mente não pára é bom poder se encontrar consigo mesmo, dentro da igreja, no silêncio da alma.
Senti saudades da minha avó, chorei pelas tantas lembranças, mas depois me senti bem. Como em mais um dia, mais um momento, mais uma terça-feira... sigo em frente e me reconheço alguém mais forte, consciente de minhas ações, pensamentos, escolhas.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Eu presto

Quantas vezes será que vou precisar me repetir isso? Até quando essa insegurança e o medo vão me mobilizar? Cansei de ser tão insegura e me fazer sempre as mesmas perguntas, questionar tanto o que eu já devia saber: que definitivamente eu presto!
Não estou aqui pra me gabar, mas o fato é que preciso dizer pra mim mesma que eu sou boa profissional, boa pessoa, sou interessante, sou tantas coisas... e algumas não sou, mas e daí? Tenho que aprender a não me preocupar tanto com a imagem, deixar que os outros me julguem, dar a eles o direto de pensarem o que quiser sobre mim sem que isso me faça sofrer. E se eu ouvir um elogio vou acreditar e se ouvir uma crítica vou avaliar e entender, sem grandes traumas.
A confiança em si mesmo não é algo fácil de conquistar. E tenho aprendido no dia a dia que também exige esforço. Não é algo milagroso, puro, que vem de dentro pra fora, como algo que já deveria estar no seu dna e fazer parte de você. Às vezes por mais insegura que você se sinta é preciso se bancar, assumir um papel de fora pra dentro e aí mais dia menos dia, a tal da segurança será assimilada de uma vez por todas, e você de fato estará mais confiante e se sentirá melhor... assim eu espero.
De uma vez por todas quero me valorizar por quem eu sou, o que eu sou com todas as minhas virtudes e defeitos, porque não existe perfeição. Quero melhorar sim, mas sem pirar, sem ignorar a realidade. Porque às vezes eu estou diante dela e simplesmente olho para o lado e foco todas as atenções eu algo irreal, inventado pela minha mente que me prega peças.
Finalmente quero com tranquilidade me tornar essa mulher mais forte e agressiva no bom sentido. Quero poder ir no terapeuta e como se fala no meu meio jornalístico mudar a pauta, trocar de assunto. Ter outras coisas pra discutir, porque quanto a dúvida se eu presto ou não, isso já estará plenamente superado!