terça-feira, 29 de janeiro de 2008

E quem liga para o aquecimento global?

Na página 2 do jornal "Folha de S.Paulo" de ontem, Clovis Rossi, que a propósito eu adoro, diz que nem nos Alpes está nevando tanto como seria de costume nessa época. Ele esteve em Davos para cobrir o Fórum Econômico Mundial. A sua constatação não me surpreende. Afinal, não precisamos ir tão longe. O que explica esse frio agora em janeiro aqui em São Paulo? Não é mágica é apenas o resultado desastroso das mudanças climáticas provocadas pelo homem. Pena que como Clovis Rossi também constatou ninguém está muito aí com isso.
Ninguém vai mudar o seu padrão de consumo, passar a pensar mais nos recursos naturais e desperdiçar menos. Nenhum governo passará a usar menos petróleo e mudará o padrão de consumo para uma fonte de energia renovável. Ninguém está muito disposto a mudar o seu padrão de consumo. Afinal, o que eu, você e todo mundo temos a ver com isso?
E o pior é que nós temos muito. Pode até ser babaquice falar ou simplesmente falar pras paredes, mas por que não pensar no seu dia a dia, no quanto você pode colaborar para diminuir futuros e iminentes desastres? Eu, como cidadã, tenho pensado.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Devaneios próprios

Qual a linha tênue que divide a passividade do excesso de controle? Como saber se não estamos "racionalizando" demais? Eu não sei. Parece até papo de louco, mas depois de tantos sentimentos, aprendizados, fins e recomeços, percebo que ainda tenho muito a aprender sobre as relações e que mesmo depois de achar que já tinha passado por poucas e boas, ainda há espaço para sentir medo e dúvida.
Acho que hoje estou mais preparada para me relacionar com alguém, mas será que estou mesmo? Depois de descobrir que exagerei na passividade, na chatice, na falta de percepção, no excesso de deixa pra lá, fico pensando o quanto pode ser simples ou confuso se disponibilizar a estar com alguém.
Relações humanas, eterno aprendizado!

sábado, 26 de janeiro de 2008

FRASE DO DIA

Está na capa do meu caderno!

"Brincar é condição fundamental para ser sério".
(Arquimedes)

Sobre o primeiro beijo

Uma da manhã, sábado, praticamente domingo, 26 de janeiro. No quarto, eu e meus dois primos falamos de um assunto que me fez recordar da minha adolescência: o primeiro beijo. Aquele momento tão esperado e tão assustador ao mesmo tempo já ocupa o pensamento dos meus priminhos; que já nem são tão priminhos assim. Engraçado que a minha prima Renata, de dez anos, não se conforma como duas pessoas podem "trocar baba"; nojento na opinião dela. Eu também não pensava muito diferente.
E nessa conversa curiosa e amistosa com os primos que ainda farão muitas descobertas, eu lembrei do meu primeiro beijo, super tardio, aos 15 anos de idade! Eu era tão, mas tão criança que demorei muuito pra beijar. rs. Tudo bem, acho que não teria feito diferença ter beijado antes. Hoje, muitos anos e beijos depois, ainda penso que o beijo é uma coisa um tanto mágica. E já te mostra logo de cara qual a tua afinidade, "química" com o queridinho ou queridinha. Se o beijo não é bom pode esquecer que aí fica difícil. rs. Mas como disse pra minha prima, não existe regras pra beijar. Ninguém te dá um manual dizendo onde, como e de que jeito mexer a língua, em que momento fazer biquinho e avançar pro beijo, ah isso são coisas imprevisíveis. E melhor que assim sejam não? Porque o grande barato da vida está justamente nessas descobertas... que fazemos aos 10, 12, 15 e por que não aos 28? rs. Ainda hoje me impressiono com a nossa capacidade de inovar e descobrir. E o beijo é uma dessas grandes descobertas... espero que o primeiro beijo dos meus primos seja bom. Quanto a mim espero continuar aprimorando essa arte!

Recomendação

Para iniciar a "blogueação" do dia quero indicar que leiam no blog do meu maninho (o Arquivos Ocultos), o texto "A solidão selvagem em pingos de chuva", de sua própria autoria. Não é por nada, mas na minha opinião é muuuito bom! E vocês, o que acham? Aliás recomendo que leiam também o último texto postado sobre cinema e uma crítica de música da Monica Salmaso. Sem puxar o saco, eu acho que ele leva o maior jeito pra escrita... quem sabe não?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Um texto primoroso

Meu irmão me fez o grande favor de me mandar esse texto! É simplesmente maravilhosooo! Delicioso para nós, amantes da língua portuguesa! Foi escrito por uma aluna do curso de Letras da Universidade Federal de Pernambuco!


O Poder da linguística Portuguesa


"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios
de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o
elevador pára, só com os dois lá dentro: óptimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma
sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se
aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele,
e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu
grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e
declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria
com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras da UFPE
(Universidade Federal de Pernambuco - Recife) e que obteve a vitória
num concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de
Gramática Portuguesa.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Churrasco com chimarrão

O mais interessante de viajar pelo Brasil é descobrir que basta sair do seu Estado de origem para encontrar um mundo à parte. Bá, eu que o diga! Paulistana da gema, com sangue mineiro fui dar umas bandas pelo Sul e descobri muuita coisa no mínimo curiosa. Lá, você é uma palavra inútil. No dicionário de gaúcho, você não tem vez! É tudo tu e ti... e ai de você guri ou guria que fala você...rs... aí eles cagam lhe a pau! rs. É isso mesmo: caga-lhe a pau é uma expressão que pelo que entendi significa te dar uma surra, tirar um sarro, acabar com você, coisas do gênero e que eles falam o tempo todo.
E as diferenças não param por aí. Por todos os lugares, até na rua, na praça, sempre tem alguém com uma garrafa térmica e uma cuia tomando um chimarrão, a qualquer hora do dia! Imaginem só se a moda pega em São Paulo. Já pensou os executivos tomando chimarrão em plena Avenida Paulista? rs. E as músicas então... báaaa, os gaúchos são triregionalistas, valorizam mesmo a cultura deles, o que eu acho trilegal! Ouvi música gaúcha até e descobri mais uma vez que o Brasil é riquíssimo, um país cheio de ritmos, culturas, sotaques, amor! Aliás, deixo aqui em público um agradecimento especial aos meus anfitriões gaúchos! Pablo e família, foi tribom, trilegal, tritritri estar aí!!! beijos.

PS: mandem por sedex mais chocolates de Gramado que o povo adorou! rs

dumpArump.com

ATÉ QUE ENFIM!!!

Ufa estou de volta... morrendo de vontade de "bloguear"...rs. Uma semana fora já foi tempo suficiente e agora volto a todo o vapor com as postagens né! E até atendendo a pedidos... porque felizmente já sentiram minha falta...rs. beijos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Comunicado!

Gentem,

Na próxima semana estarei fora da área de serviço...rs... portanto, nada de postagens! :)
Até a volta!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Poema da Foda

Olhem que interessante... que preciosidade eu diria! rs. achei no orkut de um recém-amigo...rs.

Neste Brasil imenso
Quando chega o verão,
Não há um ser humano
Que não fique com tesão.

É uma terra danada,
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo fode,
Onde todo mundo é fodido.

Fodem moscas e mosquitos,
Fodem aranha e escorpião,
Fodem pulgas e carrapatos,
Fodem empregadas com patrão.

Os brancos fodem os negros
Com grande consentimento,
Os noivos fodem as noivas
Muito antes do casamento.

General fode Tenente,
Coronel fode Capitão.
E o presidente da República
Vive fodendo a nação.

Os freis fodem as freiras,
O padre fode o sacristão,
Até na igreja de crente
O pastor fode o irmão.

Todos fodem neste mundo
Num capricho derradeiro.
E o danado do Dentista
Fode a mulher do Padeiro.

Parece que a natureza
Vem a todos nos dizer,
Que vivemos neste mundo
Somente para foder.

E você, meu nobre amigo
Que agora está a se entreter,
Se não gostou da poesia
Levante e vá se foder!!!

Autor Desconhecido(se fosse conhecido, tava fodido)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O talento mora ao lado

Gente, impressionante (não que isso não pudesse acontecer), mas na minha singela opinião..rs... meu irmão tem um talento do ca.... pra escrever! Gostei tanto de um texto do blog dele, que aliás é do perfil dele, que vou colocar aqui (nem sei se ele autoriza rs). Enfim acho que o jornalista aqui deveria ser ele...rs

"é impressionante o que se pode achar revirando nos cantos mais profundos dos arquivos mais ocultos da sua mente. é impressionante também a capacidade de ocultar tão bem esses arquivos em uma sala bem fechada no final de um corredor vazio, e mais impressionante ainda é resgatar isso tudo do mofo que se acumula, por mais novo que seja o arquivo, e dar uma nova chance, uma nova vida, uma cara de novidade fresca. mais impressionante do que tudo isso junto é o que isso consegue mudar na sua vida uma vez que foi resgatado e trazido do mais fundo dos 7 oceanos das nossas mentes.arquivos ocultos pessoais esses que a cada dia vão aparecendo, tomando forma e tomando conta da minha vida, me puxando pela mão e me conduzindo por um caminho que ainda desconheço, pois este é tão oculto quanto os próprios arquivos, perdido no meio da lava incandescente do universo, e as perguntas são tantas: como, porque, para onde, de onde, que arquivos novos, tão ocultos quanto os antigos que vão, aos poucos, sendo revelados, vão sendo criados a cada milésimo de segundo dentro da mente perturbada, paranóica e, mais do que certamente, ensandecida deste que vos fala e, a cada texto, descobre uma nova parte de si próprio.tão incompreensível, inconstante e "incógnito" quanto a própria vida que me tem".

Vinícius Soares de Andrade

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

FRASE DO DIA

GENTEM ACHEI SIMPLESMENTE PERFEITO!

"Há vários motivos para não amar uma pessoa e um só para amá-la; esse prevalece".

(Carlos Drummond de Andrade)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Frases

Gentem, estava fora da área de serviço, mas já estou de volta! E nesses dias de reclusão (num spa acreditem... amanhã explico essa história rs) estive lendo "Memórias de minhas putas tristes", de Gabriel García Márquez, que eu particularmente adoro! E uma frase me chamou muito a atenção... creio que todos já pensamos isso uma vez na vida:

"Pela primeira vez em minha longa vida me senti capaz de matar alguém. Voltei para casa atormentado pelo diabinho que sopra no ouvido as respostas devastadoras que não demos na hora certa, e nem a leitura nem a música mitigaram a minha raiva".

Muito bom né? A propósito, a biografia do Tim Maia, escrita pelo Nelson Motta é muuuuito boa! eu recomendo... adooorei o livro! As histórias são imperdíveis!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Bolas de golfe, de gude e areia

Gente, esse texto é de autoria desconhecida. Minha mãe leu-o para mim ontem... gostei e aí está! E dá-lhe ensinamentos anônimos de e-mails...rs! MORAL DA HISTÓRIA: NUNCA NEGUE OU DEIXE DE TOMAR UM CAFÉ COM UM AMIGO...

Um professor, diante de sua classe de filosofia, sem dizer uma só palavra, pegou um pote de vidro, grande e vazio, e começou a enchê-lo com bolas de golfe. Em seguida, perguntou aos seus alunos se o frasco estava cheio e imediatamente todos disseram que sim. O professor então pegou uma caixa de bolas de gude e esvaziou-a dentro do pote. As bolas de gude encheram todos os vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio e voltou a ouvir de seus alunos que sim.
Em seguida, pegou uma caixa de areia e esvaziou-a dentro do pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda restavam e ele perguntou novamente aos alunos, que responderam que o pote agora estava cheio.
O professor pegou um copo de café (líquido) e o derramou sobre o pote umedecendo a areia. Os estudantes riam da situação, quando o professor falou:
"Quero que entendam que o pote de vidro representa nossas vidas. As bolas de golfe são os elementos mais importantes, como Deus, a família e os amigos. São com as quais nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade. As bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa bonita, o carro novo etc...
A areia representa todas as pequenas coisas. Mas se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para as de gude. O mesmo ocorre em nossas vidas. Se gastamos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes. Prestem atenção nas coisas que são primordiais para a sua felicidade.
Brinquem com seus filhos, saiam para se divertir com a família e com os amigos, dediquem um pouco de tempo a vocês mesmos, busquem a Deus e creiam nele, busquem o conhecimento, estudem, pratiquem seu esporte favorito...
Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas ocupem-se das bolas de golfe em primeiro lugar. O resto é apenas areia". Um aluno se levantou e perguntou o que representava o café. O professor respondeu: "que bom que me fizestes esta pergunta, pois o café serve apenas para demonstrar que não importa quão ocupada esteja nossa vida, sempre haverá lugar para tomar um café com um amigo".
Um grande e forte abraço e até nosso próximo café.

Notícias no mínimo curiosas

Texto enviado pelo meu amigo Wagner que vai me ajudar com a "alimentação de conteúdo jornalístico"...rs... do blog. Obrigada querido. beijos.


04/01/2008 - 05h22 - Atualizado em 04/01/2008 - 05h30

'Economist' traz artigo irônico sobre igreja de Edir Macedo

Revista londrina diz Universal é a igreja episcopal mais ambiciosa do Brasil.
A revista londrina The Economist traz na edição desta semana uma reportagem sobre a Igreja Universal do Reino de Deus em que ironiza as práticas do bispo Edir Macedo.
"Sacrificar é divino, ele diz para a congregação. Talvez seja, mas inventar um modelo de negócios genial é humano", afirma a revista.
O texto diz que a igreja de Macedo é a apenas a terceira maior entre as episcopais no Brasil, mas "a mais ambiciosa, com filiais em 172 países, um partido político (PRB) e uma rede de TV (Record)".
Mas, de acordo com a revista, o maior próposito do partido "parece ser defender os interesses da Igreja Universal contra ataques de seus poderosos inimgos, que incluem a Igreja Católica e a Globo".
Defesa
A reportagem diz que a recém-publicada biografia autorizada de Macedo - O Bispo: A História Revelada de Edir Macedo - é rica em informações curiosas, mas não traz novidades sobre as finanças da igreja ou sobre sua conversão do cristianismo.
O texto, porém, nota que que Macedo usa o livro para se defender "com robustez" das acusações de que a igreja "explora a credulidade dos desesperados".
O título da reportagem - Se a redenção falhar, você ainda pode usar o banheiro de graça - foi tirado de um dos argumentos que Macedo usa no livro.
"Aqueles que não ganham nada ainda podem vir ao culto, usar o amplo salão com ar-condicionado e um banheiro limpo sem pagar", cita livremente a revista.
"Eles podem até parar de beber, de bater em suas mulheres e se unir à igreja".

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

FRASE DO DIA

Como disse minha queridíssima amiga Flávia Padeti, "quem vive de ilusão é mágico". E mais: "Continua dirigindo o carro e arranca o retrovisor". Pra bom entendedor, meia palavra basta...rs. Gracias Flavitcha!

Quem se importa?

Adoro observar as pessoas. E até uma simples viagem de metrô pode nos propor uma reflexão. Neste dia, já faz algum tempo, fiquei observando e pensando porquê nos tornamos tão carrancudos, mal humorados, e como é difícil encontrar alguém (pelo menos nesse dia) que desse um sorriso mínimo, no vagão do metrô...

As pessoas não riem mais. Fiz essa constatação no metrô, numa dessas tardes quentes, abafadas, em que todos se olham com ar de desprezo. Mas onde está o sorriso? – Me perguntei. Houve alguma mudança genética que não permite mais esticar os músculos da boca para o lado e simplesmente sorrir? Eu não estou sabendo.
Preocupa-me viver num mundo assim. É perturbador ver olhos tão cansados e desgostosos numa tarde no metrô. Por que tanta falta de ânimo? Por acaso, a escassez de sorrisos se deve à situação repugnante de corrupção no governo? Mas quem sabe o riso não é uma solução, uma espécie de ferramenta para extravasar o quanto somos infelizes?
Eu não sei, só sei que gosto de sorrir e que hoje em dia, sorriso de bom grado é raro. Coisa para se compartilhar com os íntimos. Só espero que o sorriso não vá parar no museu, exemplificando uma forma de expressão abandonada pela humanidade.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ensaios de 2008

Dois de janeiro de 2008, primeiro dia útil do ano, mais uma vez esperanças que se renovam, aquela mesma velha e nova sensação de que podemos mudar tudo, fazer diferente e começar o ano com o pé direito. Estamos cheios de entusiasmo e vitalidade para terminar o que não foi feito, rever conceitos, mudar de opinião. Mais do que desejos e objetivos individuais existe uma necessidade de transformar o coletivo e ter como resultado um mundo melhor. Mas como fazer isso? Não é uma tarefa fácil. Logo na primeira página do jornal de hoje, notícias que vão na contramão de toda a esperança para um ano melhor. A sangrenta luta de etnias no Quênia, em que 50 pessoas são queimadas vivas num templo religioso. Mas que notícia de começo de ano é essa?
E não muito longe da minha casa, uma família chora a perda de Ed Carlos Amaral, que foi apenas comemorar a virada do ano numa praia paulista. A casa em que estava com a família e amigos foi invadida por um adolescente de 17 anos, armado, e que disparou três tiros; um deles, fatal, matou Ed Carlos. A família ainda doou os seus órgãos.
Essas não eram as notícias que gostaria de ler nesse começo de ano. Por mais que meu individualismo e até egoísmo me proponham a felicidade e o contentamento com os meus projetos, a minha vida, o meu 2008, já me sinto desconfortável com o início de ano de muita gente, gente como essa família que não teve na virada do ano um momento de renovação e boas lembranças. Mas infelizmente ou felizmente a vida segue. A notícia de hoje já não terá tanto impacto amanhã, e voltando ao santo egoísmo de cada um, de cada dia, no dia 3, quem sabe, eu possa voltar a ficar feliz, entusiasmada, sonhando com um 2008 pleno, repleto de realizações e de boas notícias.