quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Sobre mais um ano

Quando eu era uma adolescente iniciante achava que era difícil eu ser alguém interessante; entender que os outros podiam gostar de mim simplesmente pelo que eu sou, sem ter que agradar ou ser quem não sou. Eu ficava tentando me encaixar e me enquadrar a turmas que de fato não pertencia, não eram minhas.
Ficava tentando ser o que eu não sou. De lá pra cá felizmente muita coisa mudou. Hoje muitos anos depois, aos quase 30 anos, fico feliz em saber que já não quero e nem tento me enquadrar em qualquer turma só pra ser "aceita".
É claro que às vezes me sinto desinteressante e todas essas bobagens que às vezes passam na cabeça de uma mulher, de qualquer ser humano, mas de fato vejo que cresci. Cresci o bastante pra assumir que não sei mais se quero ser jornalista, que já não morro de amores por reportagem ou televisão.
Cresci o bastante pra fazer escolhas, emitir opiniões, rir e chorar de mim mesma. Cresci o bastante para descobrir que a morte, a perda de alguém que amamos é algo que levamos pelo resto da vida. Cresci e continuo crescendo a cada dia com as minhas descobertas, meus medos, vontades, sonhos, realizações. E espero sinceramente que 2009 seja isso: um ano de crescimento! Não só de idade, mas de consciência, de amor próprio e pelos outros, de mais ganhos do que perdas, de choros e risos.
E um brinde à vida! Que venha 2009!!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O que dizer?

Acabei de ler uma notícia que me deixou simplesmente perplexa, chocada, revoltada: militares e voluntários civis roubam doações que seriam para as vítimas das enchentes de Santa Catarina. Que coisa mais lastimável não é meus caros? Os relatos ainda me surpreenderam mais: a mulher que diz que tal tênis está muito bom e por isso vai levá-lo pro seu guri; o militar que pega um objeto e diz que vai dá-lo para a namorada. Desculpe perguntar novamente, mas que país é esse? que pessoas são essas?
Quando dizem que o ser humano é primitivo, frágil realmente devemos concordar. É repugnante saber que cidadãos têm a coragem de roubar doações. Muita gente se mobilizou no país inteiro para doar, mandar dinheiro, água, comida, roupas... pra quem precisa e não pra um bando de ladrões, entre eles alguns que vestem fardas.
Lamentável e triste. É só isso que posso dizer.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sobre descobertas

Tenho descoberto que mais do que curiosidade pela informação tenho curiosidade pelas pessoas, suas histórias, o tanto de alegria e tristeza que cada um carrega no seu baú.
Quando era mais jovem, adolescente, achava que jornalismo era a profissão certa para alguém como eu, tão curiosa por tudo ou quase tudo que existe. Mas aí eu cresci. Passei no vestibular, fiz faculdade, enfrentei o dia a dia da profissão, conquistei objetivos, me decepcionei, caí, levantei, mudei de empregos, percebi que talvez eu não queira mais ser jornalista ou pelo menos não a repórter, jornalista de tv que até então eu achava o destino profissional certo para mim.
Agora a pergunta que fica é se essas conclusões são resultado de autoconhecimento, do fato de eu me perceber melhor ou da dificuldade de valorizar tudo aquilo que eu já tenho e conquistei.
Espero que seja a primeira opção, porque entre tantas incertezas, uma certeza: estou me conhecendo melhor. Aos quase 30 anos acho que tenho aprendido aos poucos o que significa mesmo ser adulta. Sim, ainda tenho os meus mimos. Alguns que tanto me aborrecem. Mas por outro lado também me sinto um pouco mais tranquila pra assumir minhas vontades, pensamentos. Como sempre digo e vou conseguir: procuro ser uma pessoa melhor. E o significado de ser uma pessoa melhor também inclui se conhecer melhor. Em resumo: não sei se estou ficando mais madura, menos jovem ou sei lá o que. O fato é que já não sou mais a mesma.

Somos todas mulheres

Improváveis, impossíveis, às vezes insensatas.
De chapinha, de cabelo encaracolado, cabelo liso, cabelo crespo.
Altas, magras, baixas, gordas, não necessariamente nessas combinações
Somos todas sensíveis
Calorosas, ciumentas, às vezes invejosas
Podemos rir ou chorar com a maior facilidade
Temos pés, mãos, braços, olhos, mas mais que tudo temos coração.
Podemos ficar mais bonitas ou feias em questão de minutos, dependendo do nosso humor quando acordamos e nos olhamos no fiel espelho.
Entre tantas mulheres que conheço, me reconheço em muitas delas.
Em seus olhares, seus desejos, sonhos, frustrações, vontades.
Sou alta, magra, diria que "quase loura", sensível, tentando e querendo no gerúndio ser mais prática, objetiva, menos indecisa... rs ... sou mulher como tantas outras.
Sou diferente e parecida ao mesmo tempo com você minha amiga, minha vizinha, minha mãe, aquela mulher que está na esquina atravessando a rua ou a que está do outro lado do mundo.
Somos todas mulheres.

Ai que saudade...

Ai que saudade do meu blog, de postar meus textos... depois de um período out of the world...rs, aqui estou eu de volta com muito pra dizer.

Acreditem, mas a caminho de Porto Alegre, esperando o avião no aeroporto e tomando um café fui tomada por uma vontade enorme de escrever. E escrevi muita coisa; sobre mim, sobre os outros. Enfim um momento de tranquilidade no aeroporto que resultou em muitos pensamentos, idéias. Situação engraçada é que a inspiração continuou dentro do avião e eu que já tinha escrito em vários papéis de guardanapo, sem ter mais espaço pra escrever e sem um devido caderno, o que não deve faltar para um jornalista que se prese, enfim o colega da poltrona ao lado me ofereceu o seu guardanapo para eu continuar meus escritos rs; ele disse: - tô vendo você procurando espaço pra escrever nesse guardanapo. Quer o meu?.
Eu mais que rapidamente aceitei e pensei: nossa, como as pessoas podem ser generosas!
Bom e o que resultou de toda essa saga inspiradora no aeroporto e no avião são os próximos textos que vou postar...

domingo, 23 de novembro de 2008

Sobre ser voluntário

"Ser voluntário é doar seu tempo, trabalho e talento para causas de interesse social e comunitário e com isso melhorar a qualidade de vida da comunidade".

Que tal ser voluntário? Eu ultimamente há muuito tempo tenho pensado sobre isso. Penso em maneiras de me engajar, em como ajudar, já tive até algumas idéias pra tentar modificar um pouco a realidade do lugar onde eu vivo (no caso quem conhece a minha casa sabe que por aqui vivem também pessoas de menor poder aquisitivo), mas que ainda não sei como botar em prática... enfim o fato é que fazer parte de uma organização em que eu possa justamente emprestar, doar o meu tempo, talento, o que eu sei fazer pra ajudar alguém é hoje uma das minhas prioridades pessoais e até profissionais. Ainda não sei como mas até penso em relacionar isso a trabalho mesmo. Acho que é um grande aprendizado, descoberta, crescimento poder ajudar e ser ajudado por alguém!

sábado, 22 de novembro de 2008

Sobre o pensamento dos outros

Hoje, li esse trecho que vou colocar abaixo num artigo do Drauzio Varella na Folha. Achei tão "certo" e motivador que vou reproduzí-lo aqui. Espero que faça vocês pensarem, assim como me fez.

"Se tivéssemos que pensar em cada ato para decidir se valeria a pena executá-lo, passaríamos a vida sem fazer nada".

Com essa pequena frase, sabe qual a conclusão que eu chego? Que o que vale é simplesmente fazer; não de maneira irresponsável, que prejudique os outros ou algo do tipo. Mas a verdade é que muitas e muitas vezes pensamos tanto para tomar decisões até simples na vida que perdemos tempo, o "time" das coisas, a vontade de vivê-las. Quero muito adotar essa frase como um lema em minha vida, que me faça realmente decidir mais apressadamente, sem tanto medo, zelo pelo que pode ou não acontecer!

domingo, 16 de novembro de 2008

Sobre começar todos os dias

Quero aprender a começar pelas pequenas coisas
Saber que cada dia é um dia
E que às vezes a pressa não favorece
Pelo contrário traz amargura
Quero aprender que não preciso ter o bastante ou o suficiente
Me acalmar com a idéia de que sou imperfeita e que tudo bem não ser segura o bastante, feliz o bastante diariamente, bonita o bastante... porque nem tudo é perfeição. Tem dias que eu vou ficar frustrada sim e daí? Tudo bem.
Porque as pequenas e grandes frustrações do dia a dia fazem parte.
Quero aprender que não preciso ser mais nem menos,
Que não preciso agradar
Não preciso ser a mulher (porque nem garota mais eu sou) boazinha e bonitinha,
Que ser eu já basta. E se não bastar que seja pra mim e não para os outros.
Quero aprender a me importar menos com a opinião alheia,
Quero aprender a andar mais com as minhas próprias pernas,
Descobrir mais meus defeitos, qualidades, desafios, aventuras, tudo o que eu quiser viver...
Construir as minhas crenças, objetivos, gostos.
Quero me encontrar sem pressa, um pouco a cada dia.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Pessoas são músicas

Hoje vou postar aqui o belo texto que recebi da querida Adriana! Eu concordo plenamente... e conheço pessoas especiais que realmente são músicas, aliás todos nós podemos ser.

Pessoas São Músicas...

Você já percebeu ???
Elas entram na vida da gente
e deixam sinais.
Como a sonoridade do vento ao final da tarde.
Como os ataques de guitarras e metais presentes em cada clarão da manhã.
Olhe a pessoa que está ao seu lado e você vai descobrir, olhando fundo, que há uma melodia brilhando no disco do olhar. Procure escutar.
Pessoas foram compostas para serem ouvidas, sentidas, compreendidas, interpretadas.
Para tocarem nossas vidas com a mesma força do instante em que foram criadas, para tocarem suas próprias vidas com toda essa magia de serem músicas.
E de poderem alçar todos os vôos, de poderem vibrar com todas as notas, de poderem cumprir, afinal, todo o sentido que a elas foi dado pelo Compositor.
Pessoas são músicas como você.
Está ouvindo? Como você.
Pessoas têm que fazer sucesso.
Mesmo que não estejam nas paradas.
Mesmo que não toquem no rádio.

(Autor José Oliva)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sobre se transformar

Hoje, numa gravação em uma ONG em São Vicente ouvi algo que me pareceu muito sábio. O coordenador dessa organização, numa entrevista em que me explicava como despertar nos jovens o interesse pela cidadania e entenda aqui não apenas ser cidadão mas fazer algo, participar da sociedade, questionar, ser crítico... enfim ele disse que "a vida é processo". E deixe me explicar o que ele quis dizer com isso: basicamente é que temos que deixar de lado essa cultura do imediato, do tem que estar resolvido agora. A gente precisa ter paciência, saber que nada vem pronto. Ele falou por exemplo de fazer um simples pão de queijo. Você passa um tempo ali fazendo a massa, se dedicando a esse "trabalho".
E na vida, no nosso dia a dia por que queremos tudo tão rápido? Queremos respostas imediatas, não temos paciência de esperar esse processo e entender que às vezes é assim mesmo, é devagar é doloroso, mas faz parte. Hoje vi jovens que me deram orgulho... eu não fui uma jovem engajada que pensava em transformar, em fazer algo que pudesse mudar a realidade das pessoas. E nesses jovens que conheci hoje vi essa vontade e a real ação de quem pensa no outro, de quem não pensa só no programa "Malhação" e em viver uma vidinha medíocre de olhar apenas para o umbigo.
Hoje tenho procurado o meu caminho e até de que forma posso ser mais atuante; fazer realmente algo na sociedade que não seja apenas pensar na minha vida.
Acho até que me falta desenvolver mais esse senso crítico; a segurança de que o que eu penso é valioso e pode fazer a diferença.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Sobre o interesse pelo trabalho

Pra mim esse pequeno texto faz todo o sentido... e pra vcs?


O trabalho é amor tornado visível.

E se não conseguires realizá-lo com amor
mas somente à contragosto
então abandona teu trabalho
e vai à porta do templo pedir esmolas.
Pois quem assa o pão com indiferença
assa um pão amargo
que só sacia parcialmente a fome da alma humana.

Khalil Gibran

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sobre os sons do dia a dia

O despertador que toca repetidas vezes, insistentemente e meu irmão não levanta. Os cachorros que latem esperando quem sabe um agrado, um pedaço de pão dado pelo meu pai. São aqueles sons da manhã que eu já conheço. Eu no silêncio da minha cama acordo e começo a pensar em mais um dia, naquilo que quero fazer, nas idéias e planos para uma terça-feira.
O silêncio faz bem, no meu caso o despertador que não toca porque já não tenho pra onde ir dá uma sensação de conforto e ao mesmo tempo susto! Como acordar e não precisar sair correndo no ritmo frenético de uma cidade que não pára? Quer dizer que eu estou parada e isso significa que não faço parte dessa sociedade que corre impacientemente em busca de algo? Enfim mais uma vez penso que é preciso ficar atenta para manter a mente sã.
Voltando aos ruídos, como moro atrás de um parque às vezes chego até a acordar ouvindo o som de passarinhos. Tanta tranquilidade numa mente nada tranquila, pelo contrário cheia de pensamentos!

sábado, 25 de outubro de 2008

Sobre liberdade e conveniência

Aqui é o meu espaço. Aqui eu me exponho, aqui eu falo de mim, falo dos outros, coloco pensamentos em frases com ou sem sentido, que fazem sentido para mim. Aqui exercito plenamente aquilo que dizem se chamar liberdade de expressão. Porque no dia a dia, no cotidiano, nos tantos papéis sociais que assumimos para viver e sobreviver não é bem assim. Às vezes no trabalho você não é tão transparente ou tão livre. Às vezes você engole seco, passa nervoso, respira fundo. Na vida é assim. Como li num texto de um amigo (e se ele ler o meu agora vai saber que estou falando dele rs), também tenho medo de ser inconveniente, de desagradar de não ser aceita.
Mas aos poucos estou aprendendo que ser inconveniente em certos casos não é só necessário como libertador. Somos convenientes pra quem? Pra nós ou para os outros; para o que queremos ou o que os outros querem?
É claro que o bom senso é fundamental, mas aqui no meu blog não tenho e não preciso ser conveniente, nem preciso me policiar com as palavras, "ficar cheia de dedos" pra dizer algo que simplesmente digo sem pensar. Aqui sou transparente, sou autêntica, sou eu!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

De volta à Terra

Nossa, quanto tempo sem escrever... quase um mês! Desculpe meu querido blog e amigos blogueiros como o Fiorio que me lembraram de que meu blog existe rs.
Bom hoje posso dizer que sou uma mulher livre. Incrível como sempre temos a sensação de que somos dominados pelo mundo e não ao contrário, não é mesmo?
Mas sem me apavorar e sem querer também controlar todas as possibilidades (coisa que não dá certo mesmo)vou assumir que quem dá as cartas na minha vida sou eu. Pode parecer muito vago o que estou dizendo, mas o fato é que o que estou dizendo tem a ver com um momento muito particular da minha vida. Essa semana, pasmem, eu pedi demissão do emprego. Emprego que muitos considerariam o máximo ou perfeito ou sei lá o que, mas que hoje para mim simplesmente não me satisfaz; não me traz empolgação... pior não me sinto envolvida. Então contrariando as afirmações pessimistas de alguns, os alertas para a crise mundial de outros, eu na contramão do mundo digo não ao trabalho infeliz e proclamo a minha felicidade! E um brinde a mim e a minha decisão!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Indagações

No meio desse mundo louco, uma chance de se encontrar!
Então no meio do parque me pergunto: as pessoas mais felizes são aquelas que não se questionam? Gostaria de saber porque eu mesma sou muito questionadora. Gostaria de ser menos, me aceitar mais e indagar menos sobre as imperfeições, que aliás nem imperfeições são mas na minha mente metódica e controladora se tornam grandes buracos negros.
Não sei se dá pra entender bem o que quero dizer, mas o fato é que me sinto numa busca, ainda não sei bem do que mas me sinto.
Outra pergunta que me vem é de que vale estarmos aqui se simplesmente não experimentarmos, não ousarmos, não tentarmos diferente? Vivemos presos ao tempo, muitas vezes a ansiedade do dia seguinte e esquecemos as inúmeras possibilidades de escolhas, chances, oportunidades. Einstein mesmo, o grande gênio, descobriu que tempo e espaço são relativos, tudo depende do referencial de quem olha. Então por que não olhar diferente?
Enfim vai ver tanta indagação e "maluquice" é um sinal da aproximação dos 30 anos (que nem estão tão próximos!). Segundo uma amiga minha, depois dos 30 isso passa e tudo melhora... vamos ver rs.

domingo, 28 de setembro de 2008

Sobre a cegueira

O que realmente importa? Essa é a pergunta que me faço depois de ver o filme "Ensaio sobre a Cegueira". As pessoas precisaram ficar cegas para realmente começarem a se enxergar, as suas fraquezas, limitações. Foi na cegueira que eles deram mais importância aos sentimentos, as coisas mais simples da vida como um banho quente, uma roupa limpa, a água da chuva.
Então eu me pergunto: o que realmente importa? Será que estamos fazendo algo com que nos importamos? Será que eu estou fazendo algo com que me importo? Espero não precisar ficar cega para descobrir... pois como no filme, em nosso dia a dia, mesmo vendo agimos como cegos em relação a muitas coisas, somos negligentes deixamos o tempo passar, as idéias sumirem, enfim vamos abrir os olhos e enxergar a nós mesmos e o que está ao nosso redor!

domingo, 21 de setembro de 2008

Ter amigos

Ter amigos é se sentir mais vivo
Faz bem pra alma
Pro coração, pro bem estar
É poder contar as coisas mais tolas
Ou as mais sérias

É poder rir à vontade, sem pressa
Saber que ali não há julgamentos
É pedir atenção quando você não está sendo escutado
É dar atenção e ouvir todos os lamentos e indagações...

É compartilhar os medos, delírios, prazeres
É poder viver mais intensamente
É tornar a vida mais humana
Mais fácil
Mais alegre...
Mais um monte de coisas boas

É se sentir mais feliz sem nem saber porquê
Isso é que é bom na vida
O sentimento mais puro sem qualquer obrigação
Obrigada Carol pela amizade
E pelos meus outros amigos que tanto me fazem alguém melhor!

Encontro inesperado

A menina índia apareceu e com ela encanto para os meus olhos. Um encontro rápido no metrô, poucas palavras que foram suficientes para encher o meu coração de um sentimento nobre, daqueles escassos hoje em dia. Nem sei bem descrever o que senti só sei que é puro e pode ser chamado de amor, compaixão, paz.
Naquele pequeno instante meu coração ficou pequeno para tanta emoção! Um simples pacote de bolacha fez a doce menina com rosto de indiazinha me dizer um obrigado tão sincero que me espantou. Numa tarde no metrô, em algumas estações me senti viva, inteira e por completo ao lado da pequena indiazinha.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Vida de jornalista

Ai quanta desatualização...rs. Hora de escrever

Um dia de repórter

Mais um dia
Mais uma história
Mais um off

Um novo texto
Um novo personagem
Um entrevistado interessante
Gente que merece mais do que um minuto de matéria na televisão

Na vida de repórter
Cada dia é diferente do outro
Mas não pense que não existe rotina
A rotina de stress
De preocupação com o horário
Com o trânsito que não flui
Isso sempre existe

E na mente dessa duvidosa jornalista que vos fala
Também há espaço para muitos questionamentos
Eu nasci pra fazer isso mesmo?
Como eu me livro dessa insegurança?
Como eu não me importo com tanta gente olhando?
E mais: como esquecer e ignorar o que os outros podem estar pensando de mim?

Incrível não como a preocupação com a imagem pode ser paranóica
Por isso, num dia de repórter é bom procurar manter a mente sã
Porque no mais somos tão vulneráveis quanto qualquer mortal que vive longe das câmeras

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O que eu preciso

Não sei o que escrever... sei que meu blog anda um pouco abandonado. Faz tempo que não escrevo então sei que preciso escrever no meu blog. É a primeira providência.
No mais preciso ser menos preocupada, mais realista, mais confiante, menos duvidosa. Tantas coisas que eu já sei só falta mesmo aplicar.
Preciso de ar fresco, preciso de respiração longa, preciso de carinho, preciso de você.
Preciso do meu travesseiro, dos meus olhos abertos radiantes, do sorriso que sai despreocupado, da sensação magnífica de fazer parte de algo maior e sentir o coração leve como quando se está muito feliz.
Preciso lembrar todos os dias quem eu sou, do quanto já batalhei pra ser o que sou, do quanto preciso continuar firme batalhando para ser mais e seguir em frente. Preciso lembrar que cada dia é um dia e eu posso seguir sem tanta pressa, nada vai se acabar assim de uma hora pra outra. A impaciência, ansiedade são inimigas do presente, do aprendizado diário de viver o momento e entender que a vida é isso. São momentos. Momentos bons como os que tive nesse final de semana ao lado da minha amiga, momentos maravilhosos como os que tive também no final de semana retrasado, momentos como os que temos diariamente e muitas vezes nem valorizamos!
Ah a vida, ah o sopro de cada dia... eu quero respirar!!!

domingo, 10 de agosto de 2008

Quem eu sou?

Domingo, quase uma da tarde, estou eu aqui de plantão com a cabeça pensando mil e uma coisas, me questionando, racionalizando, enfim perdendo tempo com pensamentos que não me ajudam em nada. Num momento como esse penso que o melhor é escrever enquanto eu aguardo no telefone a espera sem fim do atendimento do sac do banco. Enfim a semana toda fiquei pensando em escrever esse texto. Há duas semanas fui numa nutricionista para avaliar e melhorar a minha alimentação e fui surpreendida com uma avaliação muito mais do que "nutricional". Entre outras coisas, ela me propôs me questionar quem eu sou, o que eu quero e o que fazer para conseguir. Disse que a alimentação parece ser um problema secundário e muito mais do que isso eu preciso digamos me encontrar, enfrentar e superar meus medos, insegurança. Esse é um assunto recorrente que trabalho na terapia e falo até com alguns amigos. Acho que no fundo eu sei bem quem eu sou, o que eu quero, o que eu gosto... só falta ter toda a coragem de assumir isso. Ultimamente tenho pensado que quero cultivar mais os meus interesses, não ser invisível a mim mesma. No início da semana almocei com uma grande amiga que ao comentar sobre todas essas minhas dúvidas existenciais, me surpreendeu ao me dizer que não me vê da maneira que eu me enxergo. Penso então que ou eu estou muito fora da realidade ou eu devo usar óculos pra me enxergar melhor, porque não é possível! rs. Ainda na sexta-feira minha fono, também uma grande terapeuta que sempre me escuta, me disse que eu preciso "racionalizar" menos. E ela tem TODAAA a razão. Pensar menos e agir mais, arriscar mais, viver mais... sem tanto sofrimento porque afinal caramba eu só tenho 29 anos pra ser tão velha, tão preocupada! Enfim tudo começa com a conscientização... já tive momentos de intensa liberdade, em que desencanei totalmente dessa preocupação tola, de tanto querer fazer tudo certo, espero conseguir me manter na realidade e dar esses "surtos" de desprendimento de vez em quando, porque viver em São Paulo, preocupado e estressado ninguém merece!!!

domingo, 3 de agosto de 2008

Sobre o luxo

Sou uma mulher de poucos luxos. É claro que gosto de me sentir bem, me sentir bonita, atraente e tudo mais. Mas na verdade tem coisas que me importam mais... minha mãe sempre disse que eu não sou muito vaidosa e que eu deveria ser mais, me arrumar mais, me cuidar mais, ser mais "bonequinha" rs. Mas eu não sou.
De fato hoje tenho um trabalho que me faz ter a necessidade de me maquiar, me arrumar (o melhor que posso rs), estar mais alinhada. Claro que isso é importante, eu trabalho com a aparência, uma imagem que às vezes, muitas vezes aliás não reflete realmente o que eu sou ou o que eu sinto. A insegurança que está por trás dela, o nervosismo, às vezes a raiva ou a vergonha... enfim ninguém vê isso, os bastidores. Pra falar a verdade comecei a escrever esse texto sem saber direito onde quero chegar e o que quero dizer. Só sei que estou buscando um equilíbrio entre essa imagem que precisa ter um padrão e respeitar ainda verdadeiramente o que eu sou, o que eu quero, o que eu necessito. Ah a eterna busca de satisfação! Tem que tomar cuidado pra que isso não te consuma!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Sobre a solidão

Hoje do alto da escadaria da igreja olhei a minha volta e pensei: esse é o mundo e essa sou eu! Por um momento tive a sensação mágica de me reconhecer como indivíduo, entender que eu sou parte de algo muito maior do que meus pensamentos, dores e sentimentos.
Por um momento senti alívio. Respirei fundo e fui andar. Depois de um dia intenso em que a mente não pára é bom poder se encontrar consigo mesmo, dentro da igreja, no silêncio da alma.
Senti saudades da minha avó, chorei pelas tantas lembranças, mas depois me senti bem. Como em mais um dia, mais um momento, mais uma terça-feira... sigo em frente e me reconheço alguém mais forte, consciente de minhas ações, pensamentos, escolhas.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Eu presto

Quantas vezes será que vou precisar me repetir isso? Até quando essa insegurança e o medo vão me mobilizar? Cansei de ser tão insegura e me fazer sempre as mesmas perguntas, questionar tanto o que eu já devia saber: que definitivamente eu presto!
Não estou aqui pra me gabar, mas o fato é que preciso dizer pra mim mesma que eu sou boa profissional, boa pessoa, sou interessante, sou tantas coisas... e algumas não sou, mas e daí? Tenho que aprender a não me preocupar tanto com a imagem, deixar que os outros me julguem, dar a eles o direto de pensarem o que quiser sobre mim sem que isso me faça sofrer. E se eu ouvir um elogio vou acreditar e se ouvir uma crítica vou avaliar e entender, sem grandes traumas.
A confiança em si mesmo não é algo fácil de conquistar. E tenho aprendido no dia a dia que também exige esforço. Não é algo milagroso, puro, que vem de dentro pra fora, como algo que já deveria estar no seu dna e fazer parte de você. Às vezes por mais insegura que você se sinta é preciso se bancar, assumir um papel de fora pra dentro e aí mais dia menos dia, a tal da segurança será assimilada de uma vez por todas, e você de fato estará mais confiante e se sentirá melhor... assim eu espero.
De uma vez por todas quero me valorizar por quem eu sou, o que eu sou com todas as minhas virtudes e defeitos, porque não existe perfeição. Quero melhorar sim, mas sem pirar, sem ignorar a realidade. Porque às vezes eu estou diante dela e simplesmente olho para o lado e foco todas as atenções eu algo irreal, inventado pela minha mente que me prega peças.
Finalmente quero com tranquilidade me tornar essa mulher mais forte e agressiva no bom sentido. Quero poder ir no terapeuta e como se fala no meu meio jornalístico mudar a pauta, trocar de assunto. Ter outras coisas pra discutir, porque quanto a dúvida se eu presto ou não, isso já estará plenamente superado!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Sobre o interesse

Essa é uma palavra fundamental em nossas vidas. Hoje, numa aula de primeiros socorros (sim para renovar a carteira de habilitação) me dei conta do quanto somos negligentes com os interesses nossos e alheios. Pra falar do mínimo, muitas vezes não damos a mínima atenção ao que acontece com o nosso corpo, a nossa mente, não nos cuidamos, não temos interesse em viver melhor, em acordar melhor, em ter um dia melhor, em ter um corpo e uma saúde melhor. E se não pensamos nem em nós mesmos como pensar nos outros, não é mesmo? Cidadania pra que? Eu vou deixar de ser imprudente no trânsito, parar de falar no celular, não correr só porque eu estou atrasada pensando que eu posso causar um acidente e matar alguém? Bom muitos podem dizer que eu estou "contaminada" por uma simples aula necessária e obrigatória (porque senão ninguém iria) pra renovar a carteira de habilitação. Mas a verdade é que esse conhecimento, da necessidade de interesse pela minha vida e do outro é muito importante. E me traz uma reflexão pro meu dia a dia, pra tudo o que eu faço e penso. Temos que ter mais interesse na vida, na nossa vida, na vida do outro. A negligência e falta de interesse muitas vezes provocada por puro comodismo ou preguiça destrói relacionamentos, acaba com oportunidades e pior pode acabar com vidas. Espero poder lembrar disso todos os dias de minha vida; que interesse é fundamental.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sobre o tempo

Ontem, depois de um longo dia de trabalho cheguei em casa e de repente me peguei cantando esse trecho da música de Lulu Santos:

"Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir..."

Penso realmente que devemos nos permitir, levar a vida mais leve, menos "duro", inflexivel. Eu continuo tentando e aprendendo a cada dia!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O que é perder

Meu coração está de luto
É como se uma parte dele estivesse se perdido
Tão perdido como eu

Perder alguém que se ama muito
É dor incalculável
Inexplicável
Imensurável

Não vou poder nunca substituir
Ou simplesmente dar um jeito como para tudo se dá na vida
Para a falta que ela vai me fazer e já faz

Ela foi enquanto ainda seus lindos olhos azuis brilhavam
Vida alegre e ensinamentos na minha vida

Vou te amar pra sempre
Da sua neta

Shirlei

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sobre o que não tem preço

Não tem preço
Ver que a cada dia a vida se renova
O sorriso reaparece
O amor ressurge
A luz do sol te ilumina

Como já diria a propaganda
Não tem preço receber um olhar carinhoso
O sorriso de quem te ama
Ver a felicidade no rosto de quem te rodeia

Não tem preço
O sorriso da mãe
O abraço de um amigo
A risada gostosa do irmão
Acordar de bom humor
Ver o seu cachorro simplesmente feliz por estar ao seu lado
Sentar no sofá e assistir qualquer programa na tv e comer uma coisa bem gostosa, como um pãozinho
Tomar aquele café gostoso na frente da tv ou na rua, no shopping com os amigos
Chorar de alegria
Receber uma boa notícia
Receber um e-mail entusiasmado
Receber amor!

Ah quanta coisa não tem preço...
Quero lembrar dessas coisas todos os dias
Pra valorizar tudo o que eu tenho
Todos que eu tenho
E tenho certeza que isso me fará muito
Mas muito mais feliz!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Sobre ser alguém melhor

A cada dia, todos os dias, eu tento, procuro ser uma pessoa melhor. Melhor comigo e com os outros. Ter bons sentimentos, cultivá-los, dar atenção a quem merece e está sempre ao nosso lado.
Mas por vezes me frustro por não conseguir tanto assim. Por muitas vezes somos tomados por sentimentos como raiva, egoísmo, ciúmes, inveja, indiferença, e tantos outros que conhecemos. Infelizmente ou felizmente, a cada dia eu percebo e reconheço que sou humana. E a possibilidade de errar e poder consertar ou tentar de novo já é bastante acolhedora, mesmo sabendo que eu posso cometer os mesmos erros novamente, que eu posso sentir tudo isso novamente, que eu posso não agir muitas vezes como eu gostaria ou como os outros gostariam.
Hoje, li no blog do meu irmão que diariamente precisamos repetir a frase "tudo é possível", como se fosse um mantra, uma demonstração de fé. E concordo plenamente. Quantas idéias não sairiam de nossas cabeças e seriam colocadas em prática se acreditássemos nisso? O quanto não poderíamos realmente ser pessoas melhores percebendo que diariamente é possível renovar, criar, tentar outra vez? Eu mesma me perco nos inúmeros projetos, idéias que tenho e que param no meio do caminho por preguiça mesmo ou até por essa falta de acreditar. E acho que para sermos pessoas melhores precisamos realmente acreditar que tudo é possível: é possível ser um ser humano mais atento, mais consciente, mais disciplinado, menos egoísta, mais disposto a ajudar os outros... resta saber o quanto estamos dispostos a nos esforçar. Você está disposto?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O exercício da verdade

Qual é o preço de dizer a verdade? Procurar ser sincera falar abertamente de sentimentos, angústias, dizer o que se pensa e na hora que se pensa? Eu quero tentar descobrir. Claro que é necessário ter tato, jogo de cintura, às vezes um pouco de política e isso implica em não dizer tudo o que se pensa. Mas de qualquer modo acho que exercitar a franqueza e dizer quando se sente magoado, constrangido, incomodado é um bom exercício. Porque mais do que agradar os outros, e às vezes é bom agradar as pessoas, temos que ser verdadeiros, fiéis a nós mesmos, porque se não for dessa maneira nos sentimos infelizes, impotentes, destituídos da capacidade de ter opinião própria e decidir.
Eu venho de uma família acostumada a agradar, a não dizer o que se pensa, por mais que por dentro não concorde, esteja um trapo sofrendo intensamente. E esse é um comportamento que eu não quero reproduzir. Por isso me convoco por mais que seja difícil a dizer a verdade, falar o que penso, dizer quando me sinto incomodada, quando a atitude de alguém não me agrada. Quantas inimizades posso arranjar com isso? Boa pergunta. Eu não sei, mas para o meu bem estou disposta a tentar até porque isso é um desafio. Ser sincero exige coragem, desapego da imagem, do que os outros vão pensar. Vamos ver o quanto eu consigo.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Descobertas

Em mais uma viagem à encantadora cidade de Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul, eu descobri que:

1) Adoro os gaúchos, mas eles não tem a mínima noção quando colocam batata frita no meio de QUALQUER lanche! (sim tem batata frita no meio do lanche acredite)

2) Vejo um drive in chamado "Fast food" hahaha. Nome sugestivo não? rs

domingo, 4 de maio de 2008

Por que?

Por que não comer melhor?
Por que não viver melhor?
Por que não sentir melhor?
Por que não acordar melhor?

Por que não ouvir melhor?
Por que não falar melhor?
Por que não sorrir mais?
Por que não se emocionar mais?

Por que fazer?
Por que não fazer?
Por que estamos aqui?
Por que tanto queremos e sempre queremos?
Por que eu e você?

Por que não ser mais justa?
Por que não ser alguém melhor?
Por que não ajudar o próximo?
Por que não amar?
Por que não enxergar que a vida é cheia de virtudes?
Por que não se contentar em simplesmente viver?

Os porques me rondam e me fazem pensar nessa grande roda gigante que é a vida.

domingo, 27 de abril de 2008

Como é bom ter amigos

Hoje, domingo, 27 de abril, um grande e fundamental amigo meu veio a minha casa para um almoço de confraternização e despedida. Leandro é o nome dele. Uma pessoa eu diria especial e que me faz lembrar como é bom ter pessoas queridas por perto, como faz falta o carinho das pessoas que amamos. Leandro amanhã estará voltando pra Barcelona e com ele vai também a nossa amizade e o carinho de tantos outros amigos que ele deixa aqui, órfãos da sua presença. É difícil descrever emoções, mas por hora só posso dizer que o meu coração ficou apertado, sentindo falta de alguém que é muito especial. Volte bem Lê... e depois, um dia, volte pra nós! Um grande beijo.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Sobre os bebês

Ah já estava sentindo falta de escrever no meu blog. E depois desses dias sem postar acho que devo falar de algo que tem feito parte da minha vida nos últimos dias: os bebês. Quem me conhece possivelmente não vai entender nada. Ainda não tenho filhos, muito menos estou grávida. Mas a questão é que estou fazendo um site para mães e filhos, não só escrevendo matérias como também produzindo fotos. E por isso, nos últimos dias, tenho descoberto tudo o que envolve esse mundo tão cheio de fraldas, mini roupinhas, cocô, mas muita, muita ternura e felicidade.
E nessa aventura de descobrir o mundo dos bebês percebo que ser mãe, além de um grande presente é também um grande desafio. Acho que como ouvi de um pai, a partir do momento que o seu filho nasce, você não tem mais sossego. E o primeiro banho então? Descobri que é preciso tapar os ouvidos pra não entrar água, lavar o bebê em duas partes, primeiro a cabecinha e depois o corpo, além de muitos outros pormenores que toda mãe deve aprender. Aí vem a amamentação, como ensinar o bebê a pegar o peito, como ensiná-lo também a tirar a boquinha sem machucar o bico do peito, como, como, como fazer várias coisas. Minha nossa, realmente dá trabalho!
E no meio disso tudo percebi também que deve ser verdade todas essas mães que dizem que você muda quando se torna mãe. Também pudera! Aqueles seres pequenos, engenhosos, fofos que vieram de você se tornam uma das maiores felicidades da sua vida. Um sorriso de nenê é suficiente para alegrar qualquer dia, encher a casa, fazer qualquer um esquecer os estresses da vida moderna.
Eu sei que eu me rendo aos bebês e espero um dia poder sentir toda a diferença que eles fazem na vida de um adulto!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Para lembrar todos os dias

Que bom seria se lembrássemos disso sempre. Hoje, eu achei esse texto de Pablo Neruda revirando e-mails antigos. E foi bom lembrar, porque às vezes a gente se esquece do quanto é importante simplesmente viver!

VIVER

Morre lentamente quem não lê, quem não viaja, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma no escravo do hábito, repetindo
todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, quem não se
arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os tropeços aos corações.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu
trabalho ou amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um
sonho, quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, não ir atrás dos
conselhos sensatos.

Viva hoje!

Arrisque hoje!

Faça hoje!

Não se deixe morrer lentamente. Não se esqueça de ser feliz!

(Pablo Neruda)

domingo, 13 de abril de 2008

Sobre pensamentos de domingo

Não quero mais pensar que não vale a pena
Não quero me desanimar com pequenas coisas
Com o sorriso que não dei
Com a mesa que deixei desarrumada
Com a voz sem sentimento

Não quero querer ter controle
Achar que preciso do mundo perfeito
Das coisas perfeitas
Das situações ideais

Quero viver um dia de cada vez
Um momento de cada vez
Um trabalho de cada vez

Quero deixar de lado a ansiedade
A falta de sensibilidade
O egoísmo

Quero ser mais eu...
Com as minhas virtudes e meus pecados
Minhas esperanças e os meus desejos
Toda a minha força
E a minha vontade de viver!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Pensamentos da madrugada

Noite de insônia
Pensamentos que vem e vão
Solidão na cama
Desejos

Um bocejo
Um ruído
Uma tentativa de sono
De novo pensamentos

Jô Soares na TV
Séries no SBT
Nada me acalma
Nada me sossega

É uma noite de insônia
Como poucas que eu já tive
E totalmente sem motivo...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

É tempo de renovação!

Fazer aniversário é como entrar num ano novo. É tempo de renovar as esperanças, os objetivos, os desejos, todas as inúmeras idéias que por falta de persistência, vamos deixando para trás! Eu agora aos 29 anos espero renovar muitas coisas na minha vida! É tempo de recomeço e esse texto do Carlos Drummond de Andrade nos lembra bem disso.

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente."

terça-feira, 1 de abril de 2008

Quase 29

Quase 29 é uma idade promissora
É quase completamente adulta
Quase 30
Quase super responsável
Quase inteiramente mulher

Porque mesmo com quase 29
Às vezes eu me sinto com quase 15 ou quase 20!
Sou quase moleca
Quase insegura
Quase confusa
Quase atrapalhada

Me pergunto se aos 29 anos, esses quases vão mudar ou simplesmente sumir
Acho que está na hora de mudar de fase e deixar pra trás a fase da insegurança,
da adolescência, do amadorismo amoroso (se é que dá pra entender isso rs),

Porque certamente passei por todos esses estágios
E agora quero assumir outros
E de preferência sair de alguns quase para muitos efetivos.

domingo, 30 de março de 2008

Eu quero

Eu quero me contentar em ser menos perfeita e mais real
Mais mulher e menos menina
Mais segura e menos indecisa

Eu quero de vez em quando poder acordar tarde sem compromissos
Saber que um longo dia ensolarado me espera
Ou um dia de chuva debaixo da coberta

Eu quero ter filhos
Porque um dia isso vai me fazer rir como nunca
E chorar também

Eu quero sentir amor e raiva
Alegria e fúria
Porque ninguém é santo o bastante para não se importar

Algumas vezes eu quero solidão e paz
Outras alegria e amigos
Eu quero amor, tesão, intensidade
Eu quero família
Porque ninguém deve viver absolutamente só

Eu quero a vida!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Eu recomendo!

Gente!

Eu preciso recomendar pra vocês a peça de teatro Cymbeline, de Shakeaspeare. Uma companhia britânica está apresentando uma adaptação da peça, no Teatro do Sesi, na Av. Paulista. É muuuito bom! Algumas vezes nem parece Shakespeare tamanha a modernidade. Tem música ao vivo, uma banda fenomenal e um cenário muito bacana que é uma estrutura metálica enorme cheia de grades. Ah e a peça é apresentada em inglês com legenda.

quem quiser dar uma olhada, eu até fiz uma matéria sobre a peça:

http://megaplayer.ig.com.br/home.aspx?autoplay=true&contentid=121610

Ah e só dá pra ir no domingo que aliás é de graça: a bilheteria abre 12h pra pegar ingresso. é lá no prédio da Fiesp!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Um pouco de reflexão

Em que momentos eu acertei
Em que momentos eu errei
Em que momentos eu falei demais
Em que momentos eu deixei de falar

Em que momentos eu fui omissa
Em que momentos eu fui verdadeira
Em que momentos eu fui ingênua
Em que momentos eu deixei pra lá
Em que momentos eu falhei

Quantas vezes eu chorei
Quantas vezes eu achei que não iria suportar
Quantas vezes eu me arrisquei
Quantas vezes eu me surpreendi

Quantos amores perdidos
Quantos amores ganhos
Quantos sorrisos
Quantos abraços
Quantos olhares
Quanta vida!

E assim seguimos em frente...

terça-feira, 25 de março de 2008

Sobre o que os outros pensam de você

Por que nos importamos TANTO com o julgamento dos outros? A verdade é que diariamente, a todo momento, estamos sujeitos a julgamentos. Se você está bonito, magro, gordo, bem ou mal vestido, se você é falante ou tímido, certamente as pessoas vão te julgar.
Eu, por exemplo, tenho a tendência a dar importância demais à opinião de quem me interessa, mas quem não interessa também. E estou trabalhando pra cada vez mais deixar isso de lado. A questão é que temos medo de não ser aceitos e de sermos excluídos, e isso sim é doloroso.
Mas com o tempo e a chamada maturidade (que bom que ela vem), você também aprende que não precisa fazer parte de tudo, não precisa concordar só pra ganhar um sorriso, não precisa ser sempre a boa menina.
Sabem aquela banda que chama "cansei de ser sexy", pois eu cansei de me preocupar com o que os outros estão pensando de mim. E ponto final.

domingo, 16 de março de 2008

A diferença entre amar e não amar

Pra amar basta um sorriso
Pra não amar basta virar as costas
Pra amar é preciso verdade
Pra não amar nada é preciso

Num mundo capitalista
Em que as pessoas mais correm do que amam
Penso que amor é primordial

Amor daqueles de fazer os olhos brilharem
A boca secar
A lágrima escorrer

Prefiro amor a ódio
Prefiro amar a não amar
Prefiro a incerteza do amor
Do que a certeza de não sentir

Prefiro sempre tentar...

domingo, 9 de março de 2008

Sobre as pessoas

Minha excelentíssima e querida amiga Carol me apresentou hoje esse poema. Gostei tanto que vou postá-lo aqui. É da Madre Teresa de Calcutá

Muitas vezes as pessoas
São egocêntricas, ilógicas e insensatas
Perdoe-as assim mesmo.

Se você é gentil,
as pessoas podem acusá-lo de interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.

Se você é um vencedor,
terá alguns falsos amigos
e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco,
as pessoas podem enganá-lo
Seja honesto e franco assim mesmo.

O que você levou anos para construir
alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,
as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

O bem que você faz hoje
pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você,
mas isso pode não ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que, no final das contas
é tudo entre você e Deus,
Nunca foi entre você e os outros.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Sobre o tempero da vida

Hoje, meu terapeuta me disse que a vida tem que ter tempero. Traduzindo é necessário amor, arte, vínculos. O trabalho também faz parte. Mas a gente trabalha pra sobreviver e se divertir. Não tem que se matar de trabalhar, o que seria tamanha incoerência já que trabalhamos justamente pela sobrevivência. Mas a vida seria muito chata se fosse apenas isso. Precisamos do sorriso de um amigo, o gesto espontâneo de quem te ama, a felicidade de compartilhar. E felicidade é uma condição social que depende do contato com outras pessoas. Pra ser feliz é preciso ter vínculos, ter motivos pra acordar sorrindo em mais um dia de trabalho. Eu já achei que o mais importante na minha vida era trabalhar. Até porque se não fosse estaria completamente fora dos padrões. Alguém que não está correndo literalmente em busca do seu futuro e do sucesso. Mas tenho percebido que isso é uma grande bobagem. Estou percebendo que há outros caminhos. Já "me matei" de trabalhar e acabei só ficando doente, infeliz. Apenas ser repórter e aparecer na telinha não traz qualquer felicidade. O que traz felicidade sim, eu repito são os vínculos. E disso eu posso muito me alegrar, porque tenho descoberto que pra mim, o que vale mais a pena nessa vida, não é dinheiro, não é trabalho e sim as pessoas. Tenho refletido muito sobre o meu "papel", como fazer algo que tenha um efeito social. Felizmente acho que parei de olhar só pro meu umbigo. Uma grande descoberta pra quem se achava um tanto perdida, num mundo em que a maioria não pára pra contestar e simplesmente vive sem sequer saber o que realmente te faz feliz.

terça-feira, 4 de março de 2008

Sobre um dia após o outro

Certamente, um dos ditados mais verdadeiros que existe é o "nada como um dia após o outro". Num dia você se sente sem forças, desanimado (no próprio sentido da palavra; sem alma), cabisbaixo, angustiado. E no outro tudo muda. Vivo dizendo que a chave está no padrão dos nossos pensamentos. Explico: muito gente não acredita ou até dá risada quando digo que a mente tem um poder excepcional. É capaz de atrair coisas boas e ruins pra vida. Eu acredito plenamente nisso até porque já vivenciei. E tenho certeza de que tudo depende da mudança de padrão mental. É como mudar um comportamento. Muita gente pode até me achar louca, que o que estou falando é pura bobagem, mas a verdade é que existe até livro explicando isso, é científico. Pena eu não me lembrar do nome do livro agora.
Bom e por hoje é só, porque agora o meu padrão mental será selecionado para a tecla "off". E isso significa desligar mesmo, um merecido descanso após um dia de trabalho decente.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Sobre a tolerância

Depois de algum tempo, você descobre o que é ou não tolerável. Depois de um tempo você descobre que a máxima "o mundo dá voltas" é extremamente verdadeira. O que eu ainda não aprendi é a saber se em alguns casos, o meu medo é exagerado ou se realmente eu tenho cacife para impor limites. Falando assim em código fica difícil entender. O que posso dizer é que felizmente para todas essas dúvidas tenho recorrido à arte da negociação. Tenho certeza que negociar é uma habilidade necessária que venho aprendendo depois de adulta. Quando se é mimada e tem tudo não é preciso negociar. Mas hoje a história é outra. E sempre a vida me apresenta mais um questionamento, outro desafio, e mais uma vez devo me propor a negociar.
De qualquer forma creio que é preciso reconhecer e respeitar os próprios limites. Independente de achar que se pode enfrentar qualquer coisa lembrar do que é ou não aceitável.

domingo, 2 de março de 2008

Cultura inútil

Frases achadas em matérias de revista e em parachoques de caminhão que merecem ser lidas... nem que seja só pra dar risada:

1) Homem que é homem não usa óculos vê embaçado!

2) Melhor pedir permissão do que se desculpar.

3) Não me peça para fazer de graça a única coisa que eu sei fazer cobrando.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Para ler e saborear

Mais uma vez tenho que me render a um texto do meu irmão. De extrema delicadeza, acho que merece ser lido.

O chafariz e as camorélias

o chafariz é um estado de espírito. você acorda chafariz - e nem sabe muito bem porquê. pode ter sido um sonho que você teve à noite e já nem lembra mais; pode ser talvez o clímax de algum ciclo metabólico; pode ser uma secreta conjunção de planetas que só a você é favorável... não importa. o que importa é que há dias em que você acorda chafariz do mesmo modo como o chafariz acorda, de repente, no meio da praça: exultante. jorro que sobe num jato de densa luz e se desfaz em gotas que tamborilam de volta no espelho d'água, o chafariz incessante dança a música que ele mesmo faz. de si e para si contente, o chafariz envolve a praça numa nuvem úmida de alegria - pois, se o chafariz é um estado de espírito, a alegria certamente é úmida... enfim, quando você acorda chafariz, tudo são flores. e flor é o que não falta na praça, exuberando no sol do final de fevereiro, tão luminoso e cálido.
há flores em quantidade, nos quatro quiosques da praça. e, como se já não bastasse a sutilíssima variedade de cores e perfumes que elas oferecem, há o encanto sonoro de seus nomes. sob o fundo verde das samambaias e cercados por uma corte de violetas e begônias, formam-se pares que parecem ter saltado de um conto de fadas: a gloxínia e o lisianto, o crisântemo e a prímola, o amarílis e a azaléia, o ciclame e a gérbera, o lírio e a bromélia... dançam no grande salão que é a praça ao som do chafariz orquestral, esses casais de sonho, romeu e julieta que deram certo, histórias de amor com final feliz... e aí, meu anjo, não há como não lembrar de ti. não há como não te imaginar uma gloxínia e a mim mesmo um lisianto que hoje acordou tão chafariz... e que, diante da súbita e inexplicável urgência de te cobrir de flores, descobre que não haveria hoje nenhuma que te fizesse jus - ainda mais se você viesse naquele teu vestido branco de rendas do pará.
haveria então que inventá-la. que nome teria a flor que eu te daria? camorélia. sim, eu viria com uma caixa vazia de camorélias só visíveis aos teus olhos gloxínios - que choram, líricos, só de ver uma criança pobre ou, bromélicos, se iluminam quando passa o bonde.
e te diria, "repara, meu amor, o azul do perfume delas. azul de mar e céu noturno... sente a textura abstrata destas pétalas que se confundem com a tua pele. sente.. são camorélias que inventei para ti - eternas e etéreas como soa ser o amor quando é feliz...".
e, me aproveitando do momento, pediria tua mão e convidaria a todos os viventes para o nosso crisantemo - que assim sem acento mais parece nome de sacramento. um sacramento que tem como única regra e compromisso o verso de um outro vinícius: "que seja infinito enquanto dure".
e então todos os casais felizes deste mundo viriam ter na praça para celebrar seus crisantemos - abençoados que seriam por esse deus-chafariz que não é ordem nem necessidade, mas puro acaso e improviso.
e a praça em festa se converteria numa espécie de arca de noé sem desgraça de onde partiríamos, nós, os felizes, para inundar o mundo.

do arquivo oculto que, subitamente, acordou tão chafariz...

Sobre medos e delírios

Hoje não sei sobre o que escrever. O sol bate na minha janela, a cama parece não querer me deixar acordar. Mais um dia, um respiro, uma emoção. Por que é tão difícil perceber a magnitude de viver? Eu sigo buscando perceber essa magnitude e valorizá-la. Porque você acorda todo dia, abre os olhos, está respirando, seu coração bate, você olha para o céu e está azul, você recebe um bom dia carinhoso da sua mãe, de um colega de trabalho. Você diz obrigado ao frentista que sempre te atende com atenção, você recebe a ligação fervorosa de um amigo contando uma novidade e nem assim você percebe que a sua vida é ótima, você não tem problemas e que é definitivamente muito bom viver.

do "Eu, você e Todo Mundo" que continua a refletir sobre a existência e o seu significado

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Só para constar

No livro "1.000 lugares para conhecer antes de morrer", antes do início nos deparamos com a seguinte frase:

"A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos lugares e momentos capazes de tirar nosso fôlego".

A frase é de um anônimo, mas olha que é instigante viu... dá uma vontade de viajar. rs. Só queria expressar essa vontade.

Sobre trabalhar pela educação

"Eduque os meninos e não será preciso castigar os homens".
Pitágoras

Essa frase resume bem os benefícios da educação. E quando leio castigar não penso apenas no castigo físico, como também no da alma. A falta de educação mutila a mente. Nos afasta da percepção do mundo, do reconhecimento como seres humanos, pensantes e que portanto têm responsabilidades por suas atitudes. A falta de educação, de bom senso, de cidadania é repressora. Elimina oportunidades, conhecimento, vida. Digo tudo isso, porque desde janeiro deste ano me dedico ao voluntariado numa Ong que tem como objetivo promover a educação. Objetivo difícil não? Mas não é impossível. Se cada um de nós trabalharmos um pouco para isso e se pelo menos pensarmos a respeito já é algo. Olhar para o lado, enxergar o outro, perceber que a vida é mais do que "o que mais feliz" pode se apresentar como um caminho bastante interessante. Eu que já viajei por esse Brasil e tive a oportunidade de conhecer algumas escolas públicas e meninos e meninas tão pobres, mas com tanta vontade de saber, me rendo a importância e ao poder da educação. E unir forças com esse pensamento, vontade de mudar algo, é fundamental.

Aliás, se alguém quiser conhecer mais sobre o Instituto Mãe Gentil entrem no site: www.maegentil.org.br.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Numa noite qualquer

Numa noite qualquer eu buscaria o teu ombro para me deitar tranquilamente sem me preocupar. Eu olharia nos seus olhos de modo fixo e contínuo, te deixaria sem graça e falaria bobagens do meu dia. Eu te esperaria para o café e até faria torradas só pra te agradar. Eu beijaria o teu rosto e morderia o canto da sua boca só pra te deixar com vontade. Eu sentaria no sofá e ficaria quietinha ao seu lado vendo você assistir o seu programa preferido. Eu tomaria banho e usaria o melhor perfume para você sentir. Numa noite dessas qualquer eu simplesmente te amaria! O doce encanto da paixão também está nas pequenas coisas, no dia a dia, na rotina de um casal. E que sempre tenhamos a sanidade de lembrar disso.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Quem se importa? (parte 2)

Uso indevido de cartões corporativos, superfaturamento no metrô, irregularidades nas despesas de servidores de diversos ministérios – apontadas por relatórios da Controladoria Geral da União, e como se já não estivesse de bom tamanho, o reitor da universidade de Brasília é acusado de usar 470 mil reais da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos) para mobiliar o seu apartamento. Onde vamos parar? É uma farra sem limites e que diariamente nos enoja e entristece. Com tantos "bons exemplos" fica fácil entender porquê ainda somos um país com sérios problemas de educação. Como ensinar um povo com governantes desse tipo? É por isso que no dia a dia, em pequenas atitudes, percebemos o quanto o brasileiro também está alienado e longe de ser politicamente correto. É aquele idiota do carro ao lado que joga uma lata de cerveja pela janela, ou um outro "zécadabra" como diria meu pai, que como me contou hoje uma cidadã (essa sim é cidadã porque até deu bronca no indivíduo), pega os sacos de lixo de casa para jogar no rio. E ainda faz isso na maior cara de pau, como se tudo bem poluir mais, ajudar a provocar enchentes, e contribuir para o desespero de tantos que perdem suas casas e tudo que têm.
Depois vão dizer que é clichê, mas a verdade é que realmente assim não dá pra ir pra frente. Vivemos numa sociedade repleta de iiiis: Imoral, Imprudente e Impune. que pena.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Ser ou não ser? (a velha questão)

Eu não sei até que ponto preciso frear os riscos. Na vida tomar decisões requer maturidade e um "q" de eu faço mesmo e daí? Vivo um momento repleto de dúvidas. Questões como saber o quê ou não aceitar, se é melhor recuar ou ir em frente, entender de fato o que eu quero e preciso. Pra quem foi acostumado a ter sempre tudo na mão chega uma hora que além disso cansar você tem que se impor, impor sua personalidade, seu jeito, suas opiniões. E felizmente, eu quero me impor. Pode até parecer um monte de coisas sem sentido o que eu estou escrevendo (bom dêem um desconto, afinal é domingo), mas o fato é que a medida que vamos crescendo e percebendo o mundo a nossa volta, também entendemos que temos escolha de como nos portar, como interagir com tudo e todos. E aí, mais uma vez, voltamos ao papo do cagaço, pois em inúmeras ocasiões deixamos de ser nós mesmos pra ser o que a sociedade espera de nós, a família, os amigos. E eu pretendo cada vez mais tirar isso da minha vida. Pra uma menina mimada, que sempre teve todas as regalias, hoje prefiro pensar que o melhor é não ter tantas regalias assim e simplesmente se deixar viver com todos os riscos, obstáculos e dúvidas.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Sobre os irmãos

Às vezes chatos, às vezes insuportáveis, às vezes essenciais. Assim são nossos irmãos. Sejam eles de sangue ou não, o que seria das nossas vidas sem aqueles amigos fundamentais ou mesmo o nosso irmão/ã, aquele sujeito que mora em nossa casa, enche a paciência no quarto ao lado, mas mesmo assim pode te despertar o melhor dos sentimentos. Engraçado não? Pois eu, ultimamente, tenho cultivado a paz com o meu irmão. Surpreendentemente consigo até respeitar suas atitudes folgadas, manias e mesmices. E com os amigos, também acho que estou mais participativa. Estou seguindo a máxima que li num desses textos enviados por e-mail; de que não podemos deixar de tomar pelo menos um café com um amigo! Cultivar relacionamentos, manter a sintonia, muitas vezes pode parecer bem difícil. E como tudo na vida exige disposição!
Com o irmão, a receita também não é diferente. No mais, eu percebi há algum tempo que tem coisas que precisamos simplesmente aceitar e respeitar. Quando se entende isso fica mais fácil viver... e conviver com aquele super chato do quarto ao lado! rs.

dumpArump.com

Esse merece ser lido!

Esse eu não pude resistir em colocar no meu blog... afinal, o tema nos inspira! rs. boa leitura e dá-lhe Vinícius! (mais um texto muito bom do meu irmão)

Faróis

olha, então vocês saem pra jantar e é tanta conversa, tanto assunto, que a comida sempre fica deliciosamente fria. você faz brigadeiro pra ele, bem amélia, porque é mesmo só o que você sabe fazer na cozinha. e sente vontade de descer todos os livros do armário e juntar com todos os seus cd's e emprestar ou mesmo dar a ele tudo o que de mais querido você possui. você dá até um jeito de saber com que cor de camisa ele vai sair, pra sair igual, fazendo o tão falado mimetismo de amor. e sente o seu coração como a caixa-forte do tio patinhas, todo cheio de placas a dizer ao mundo “suma! dê o fora! saia! porque eu só quero bater no ritmo do nome dele”. tudo o que você vê de bonito, de mais bonito, você quer mostrar ou pelo menos contar a ele. toda música, todo poema e todo lugar bonito é de vocês e de mais ninguém. quando você tem 11 anos e é maior que ele porque as meninas crescem antes, você vai à festinha do prédio com uma sandalinha bem rasteira e é até capaz de ficar descalça se preciso for, pra dançar de rosto colado com ele, que é mais baixo um pouquinho que você, porque é uma delícia ouvi-lo dizer que seu perfume é bom e seu cabelo é macio – e vocês não se beijam, mas a euforia compensa. quando você tem 27 anos e ele é bem mais alto que você, você usa salto alto, mesmo adorando suas sandálias, porque você quer ficar da altura dele e dançar de rosto colado como se tivesse 11 anos. e você fica mais chata que o habitual, porque só fala nele. e fica menos ranzinza, mas sempre ranzinza, pelo menos com o relógio que insiste em te separar dele. e você flutua mais do que anda, suspira mais do que fala, sorri mais do que pensa. você agora vive com aquele sorriso bobo na cara, aquele sorriso que todo mundo sabe do que se trata. então não consegue falar direito o que sente, sem gaguejar, sem ficar com a boca seca, aí escreve pra ele. escreve poemas de pé quebrado, cartas ridículas, bilhetes, cartões, crônicas, contos eróticos, mails. você conta pra ele daquela sua professora que virou sua amiga; aquela história toda de como os seus pais se casaram; que adora Belo Horizonte e que “em Belo Horizonte existe um lugar / bonito e tranqüilo / pra gente se amar”. você se arruma pra ele – o vestido, a sandália, o perfume, o cabelo, o sorriso, a alma. e pensa em dar de presente a ele uma camisa azul; um livro seu; você mesma envolta em fitas. você quer dormir de colher com ele – no fundo você não quer dormir! você quer é amá-lo “até o gás acabar / até morrer”, como naquela canção. e se arrepende de não saber tocar nada, de ser assim desafinada e não poder fazer serenata pra ele. então você vai falar com alguém no seu trabalho e chama o nome dele, mesmo não trabalhando com ninguém com aquele nome – e seus colegas lhe olham como a uma louca varrida. e você sente que faria tudo no mundo pra que ele nunca mais chorasse ou sofresse na vida, mesmo sabendo que isso é impossível. então, você coloca o nome dele no seu livro de orações, pedindo tão somente que a cada dia ele tenha alegrias como as infantis – as melhores. e, no fim das contas, tudo em você é sinal de que, felizmente, há alguém nesse mundo e nesse momento, apaixonado. isso tudo forma um farol que cega á todos que te cruzam o caminho e cega á todos, incluindo eu, que estou sentado a observar toda essa alegria enquanto você passa e tudo parece ser motivo para um sorriso á mais.

do arquivo oculto que observa, desejando sorte e algo parecido, mas logo tira isso da cabeça e acende outro cigarro.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sobre o cagaço

Ontem, no sofá do meu terapeuta, descobri que a palavra cagaço não tem esse nome em vão. E se pensarmos no sentido literal da palavra, realmente entenderemos que o cagaço indica o medo que temos da vida, de tomar decisões, de enfrentar. Meu querido terapeuta que já me escuta há 7 anos, sabe muito bem dos meus cagaços e me explicou até que os animais com medo dos seus predadores "cagam" de medo e isso acaba afastando-os. Curioso não? Meu irmão disse que é cultura inútil, mas isso pra mim faz todo o sentido. Quantas vezes não cagamos de montão na vida, simplesmente pra recuar, afastar aquilo que poderia ser um grande desafio, uma nova oportunidade?
Eu tenho por hábito querer enfrentar os desafios, tudo aquilo que me dá medo, mas nem por isso estou isenta do cagaço. Cagaço que pra mim está diretamente relacionado à insegurança. Mas quem disse que viver é seguro e por que não arriscar? Ai como somos tolos! às vezes levamos a vida de modo tão pesado que aumentamos o cagaço. Por que não assumimos o que queremos, pensamos e dizemos isso em alto e bom som? O medo do que os outros vão pensar, da imagem, ainda se faz presente. Por que queremos e precisamos tanto ser aceitos? Eu já melhorei muito nesse sentido, já quis muito ser aceita e hoje já me contento em ser eu, com meus medos, virtudes, cagaços e tudo mais. A cada dia aprendo um pouco. No momento, por exemplo, tenho uns cagaços profissionais, mas vou enfrentá-los...rs. Que todos possam enfrentar os seus cagaços também sem ter medo da vida!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

De volta à realidade!

Depois de um longo e maravilhoso Carnaval... vamos voltar a blogar que já estou com saudadeees!!! A propósito assistindo o desfile das Campeãs no Anhembi quero deixar registrado que achei um absurdo a Unidos de Vila Maria não ter ganho. A escola merecia... mais que a Vai Vai na minha opinião.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

E quem liga para o aquecimento global?

Na página 2 do jornal "Folha de S.Paulo" de ontem, Clovis Rossi, que a propósito eu adoro, diz que nem nos Alpes está nevando tanto como seria de costume nessa época. Ele esteve em Davos para cobrir o Fórum Econômico Mundial. A sua constatação não me surpreende. Afinal, não precisamos ir tão longe. O que explica esse frio agora em janeiro aqui em São Paulo? Não é mágica é apenas o resultado desastroso das mudanças climáticas provocadas pelo homem. Pena que como Clovis Rossi também constatou ninguém está muito aí com isso.
Ninguém vai mudar o seu padrão de consumo, passar a pensar mais nos recursos naturais e desperdiçar menos. Nenhum governo passará a usar menos petróleo e mudará o padrão de consumo para uma fonte de energia renovável. Ninguém está muito disposto a mudar o seu padrão de consumo. Afinal, o que eu, você e todo mundo temos a ver com isso?
E o pior é que nós temos muito. Pode até ser babaquice falar ou simplesmente falar pras paredes, mas por que não pensar no seu dia a dia, no quanto você pode colaborar para diminuir futuros e iminentes desastres? Eu, como cidadã, tenho pensado.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Devaneios próprios

Qual a linha tênue que divide a passividade do excesso de controle? Como saber se não estamos "racionalizando" demais? Eu não sei. Parece até papo de louco, mas depois de tantos sentimentos, aprendizados, fins e recomeços, percebo que ainda tenho muito a aprender sobre as relações e que mesmo depois de achar que já tinha passado por poucas e boas, ainda há espaço para sentir medo e dúvida.
Acho que hoje estou mais preparada para me relacionar com alguém, mas será que estou mesmo? Depois de descobrir que exagerei na passividade, na chatice, na falta de percepção, no excesso de deixa pra lá, fico pensando o quanto pode ser simples ou confuso se disponibilizar a estar com alguém.
Relações humanas, eterno aprendizado!

sábado, 26 de janeiro de 2008

FRASE DO DIA

Está na capa do meu caderno!

"Brincar é condição fundamental para ser sério".
(Arquimedes)

Sobre o primeiro beijo

Uma da manhã, sábado, praticamente domingo, 26 de janeiro. No quarto, eu e meus dois primos falamos de um assunto que me fez recordar da minha adolescência: o primeiro beijo. Aquele momento tão esperado e tão assustador ao mesmo tempo já ocupa o pensamento dos meus priminhos; que já nem são tão priminhos assim. Engraçado que a minha prima Renata, de dez anos, não se conforma como duas pessoas podem "trocar baba"; nojento na opinião dela. Eu também não pensava muito diferente.
E nessa conversa curiosa e amistosa com os primos que ainda farão muitas descobertas, eu lembrei do meu primeiro beijo, super tardio, aos 15 anos de idade! Eu era tão, mas tão criança que demorei muuito pra beijar. rs. Tudo bem, acho que não teria feito diferença ter beijado antes. Hoje, muitos anos e beijos depois, ainda penso que o beijo é uma coisa um tanto mágica. E já te mostra logo de cara qual a tua afinidade, "química" com o queridinho ou queridinha. Se o beijo não é bom pode esquecer que aí fica difícil. rs. Mas como disse pra minha prima, não existe regras pra beijar. Ninguém te dá um manual dizendo onde, como e de que jeito mexer a língua, em que momento fazer biquinho e avançar pro beijo, ah isso são coisas imprevisíveis. E melhor que assim sejam não? Porque o grande barato da vida está justamente nessas descobertas... que fazemos aos 10, 12, 15 e por que não aos 28? rs. Ainda hoje me impressiono com a nossa capacidade de inovar e descobrir. E o beijo é uma dessas grandes descobertas... espero que o primeiro beijo dos meus primos seja bom. Quanto a mim espero continuar aprimorando essa arte!

Recomendação

Para iniciar a "blogueação" do dia quero indicar que leiam no blog do meu maninho (o Arquivos Ocultos), o texto "A solidão selvagem em pingos de chuva", de sua própria autoria. Não é por nada, mas na minha opinião é muuuito bom! E vocês, o que acham? Aliás recomendo que leiam também o último texto postado sobre cinema e uma crítica de música da Monica Salmaso. Sem puxar o saco, eu acho que ele leva o maior jeito pra escrita... quem sabe não?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Um texto primoroso

Meu irmão me fez o grande favor de me mandar esse texto! É simplesmente maravilhosooo! Delicioso para nós, amantes da língua portuguesa! Foi escrito por uma aluna do curso de Letras da Universidade Federal de Pernambuco!


O Poder da linguística Portuguesa


"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios
de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o
elevador pára, só com os dois lá dentro: óptimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma
sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se
aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele,
e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu
grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e
declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria
com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras da UFPE
(Universidade Federal de Pernambuco - Recife) e que obteve a vitória
num concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de
Gramática Portuguesa.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Churrasco com chimarrão

O mais interessante de viajar pelo Brasil é descobrir que basta sair do seu Estado de origem para encontrar um mundo à parte. Bá, eu que o diga! Paulistana da gema, com sangue mineiro fui dar umas bandas pelo Sul e descobri muuita coisa no mínimo curiosa. Lá, você é uma palavra inútil. No dicionário de gaúcho, você não tem vez! É tudo tu e ti... e ai de você guri ou guria que fala você...rs... aí eles cagam lhe a pau! rs. É isso mesmo: caga-lhe a pau é uma expressão que pelo que entendi significa te dar uma surra, tirar um sarro, acabar com você, coisas do gênero e que eles falam o tempo todo.
E as diferenças não param por aí. Por todos os lugares, até na rua, na praça, sempre tem alguém com uma garrafa térmica e uma cuia tomando um chimarrão, a qualquer hora do dia! Imaginem só se a moda pega em São Paulo. Já pensou os executivos tomando chimarrão em plena Avenida Paulista? rs. E as músicas então... báaaa, os gaúchos são triregionalistas, valorizam mesmo a cultura deles, o que eu acho trilegal! Ouvi música gaúcha até e descobri mais uma vez que o Brasil é riquíssimo, um país cheio de ritmos, culturas, sotaques, amor! Aliás, deixo aqui em público um agradecimento especial aos meus anfitriões gaúchos! Pablo e família, foi tribom, trilegal, tritritri estar aí!!! beijos.

PS: mandem por sedex mais chocolates de Gramado que o povo adorou! rs

dumpArump.com

ATÉ QUE ENFIM!!!

Ufa estou de volta... morrendo de vontade de "bloguear"...rs. Uma semana fora já foi tempo suficiente e agora volto a todo o vapor com as postagens né! E até atendendo a pedidos... porque felizmente já sentiram minha falta...rs. beijos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Comunicado!

Gentem,

Na próxima semana estarei fora da área de serviço...rs... portanto, nada de postagens! :)
Até a volta!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Poema da Foda

Olhem que interessante... que preciosidade eu diria! rs. achei no orkut de um recém-amigo...rs.

Neste Brasil imenso
Quando chega o verão,
Não há um ser humano
Que não fique com tesão.

É uma terra danada,
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo fode,
Onde todo mundo é fodido.

Fodem moscas e mosquitos,
Fodem aranha e escorpião,
Fodem pulgas e carrapatos,
Fodem empregadas com patrão.

Os brancos fodem os negros
Com grande consentimento,
Os noivos fodem as noivas
Muito antes do casamento.

General fode Tenente,
Coronel fode Capitão.
E o presidente da República
Vive fodendo a nação.

Os freis fodem as freiras,
O padre fode o sacristão,
Até na igreja de crente
O pastor fode o irmão.

Todos fodem neste mundo
Num capricho derradeiro.
E o danado do Dentista
Fode a mulher do Padeiro.

Parece que a natureza
Vem a todos nos dizer,
Que vivemos neste mundo
Somente para foder.

E você, meu nobre amigo
Que agora está a se entreter,
Se não gostou da poesia
Levante e vá se foder!!!

Autor Desconhecido(se fosse conhecido, tava fodido)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O talento mora ao lado

Gente, impressionante (não que isso não pudesse acontecer), mas na minha singela opinião..rs... meu irmão tem um talento do ca.... pra escrever! Gostei tanto de um texto do blog dele, que aliás é do perfil dele, que vou colocar aqui (nem sei se ele autoriza rs). Enfim acho que o jornalista aqui deveria ser ele...rs

"é impressionante o que se pode achar revirando nos cantos mais profundos dos arquivos mais ocultos da sua mente. é impressionante também a capacidade de ocultar tão bem esses arquivos em uma sala bem fechada no final de um corredor vazio, e mais impressionante ainda é resgatar isso tudo do mofo que se acumula, por mais novo que seja o arquivo, e dar uma nova chance, uma nova vida, uma cara de novidade fresca. mais impressionante do que tudo isso junto é o que isso consegue mudar na sua vida uma vez que foi resgatado e trazido do mais fundo dos 7 oceanos das nossas mentes.arquivos ocultos pessoais esses que a cada dia vão aparecendo, tomando forma e tomando conta da minha vida, me puxando pela mão e me conduzindo por um caminho que ainda desconheço, pois este é tão oculto quanto os próprios arquivos, perdido no meio da lava incandescente do universo, e as perguntas são tantas: como, porque, para onde, de onde, que arquivos novos, tão ocultos quanto os antigos que vão, aos poucos, sendo revelados, vão sendo criados a cada milésimo de segundo dentro da mente perturbada, paranóica e, mais do que certamente, ensandecida deste que vos fala e, a cada texto, descobre uma nova parte de si próprio.tão incompreensível, inconstante e "incógnito" quanto a própria vida que me tem".

Vinícius Soares de Andrade

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

FRASE DO DIA

GENTEM ACHEI SIMPLESMENTE PERFEITO!

"Há vários motivos para não amar uma pessoa e um só para amá-la; esse prevalece".

(Carlos Drummond de Andrade)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Frases

Gentem, estava fora da área de serviço, mas já estou de volta! E nesses dias de reclusão (num spa acreditem... amanhã explico essa história rs) estive lendo "Memórias de minhas putas tristes", de Gabriel García Márquez, que eu particularmente adoro! E uma frase me chamou muito a atenção... creio que todos já pensamos isso uma vez na vida:

"Pela primeira vez em minha longa vida me senti capaz de matar alguém. Voltei para casa atormentado pelo diabinho que sopra no ouvido as respostas devastadoras que não demos na hora certa, e nem a leitura nem a música mitigaram a minha raiva".

Muito bom né? A propósito, a biografia do Tim Maia, escrita pelo Nelson Motta é muuuuito boa! eu recomendo... adooorei o livro! As histórias são imperdíveis!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Bolas de golfe, de gude e areia

Gente, esse texto é de autoria desconhecida. Minha mãe leu-o para mim ontem... gostei e aí está! E dá-lhe ensinamentos anônimos de e-mails...rs! MORAL DA HISTÓRIA: NUNCA NEGUE OU DEIXE DE TOMAR UM CAFÉ COM UM AMIGO...

Um professor, diante de sua classe de filosofia, sem dizer uma só palavra, pegou um pote de vidro, grande e vazio, e começou a enchê-lo com bolas de golfe. Em seguida, perguntou aos seus alunos se o frasco estava cheio e imediatamente todos disseram que sim. O professor então pegou uma caixa de bolas de gude e esvaziou-a dentro do pote. As bolas de gude encheram todos os vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio e voltou a ouvir de seus alunos que sim.
Em seguida, pegou uma caixa de areia e esvaziou-a dentro do pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda restavam e ele perguntou novamente aos alunos, que responderam que o pote agora estava cheio.
O professor pegou um copo de café (líquido) e o derramou sobre o pote umedecendo a areia. Os estudantes riam da situação, quando o professor falou:
"Quero que entendam que o pote de vidro representa nossas vidas. As bolas de golfe são os elementos mais importantes, como Deus, a família e os amigos. São com as quais nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade. As bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa bonita, o carro novo etc...
A areia representa todas as pequenas coisas. Mas se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para as de gude. O mesmo ocorre em nossas vidas. Se gastamos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes. Prestem atenção nas coisas que são primordiais para a sua felicidade.
Brinquem com seus filhos, saiam para se divertir com a família e com os amigos, dediquem um pouco de tempo a vocês mesmos, busquem a Deus e creiam nele, busquem o conhecimento, estudem, pratiquem seu esporte favorito...
Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas ocupem-se das bolas de golfe em primeiro lugar. O resto é apenas areia". Um aluno se levantou e perguntou o que representava o café. O professor respondeu: "que bom que me fizestes esta pergunta, pois o café serve apenas para demonstrar que não importa quão ocupada esteja nossa vida, sempre haverá lugar para tomar um café com um amigo".
Um grande e forte abraço e até nosso próximo café.

Notícias no mínimo curiosas

Texto enviado pelo meu amigo Wagner que vai me ajudar com a "alimentação de conteúdo jornalístico"...rs... do blog. Obrigada querido. beijos.


04/01/2008 - 05h22 - Atualizado em 04/01/2008 - 05h30

'Economist' traz artigo irônico sobre igreja de Edir Macedo

Revista londrina diz Universal é a igreja episcopal mais ambiciosa do Brasil.
A revista londrina The Economist traz na edição desta semana uma reportagem sobre a Igreja Universal do Reino de Deus em que ironiza as práticas do bispo Edir Macedo.
"Sacrificar é divino, ele diz para a congregação. Talvez seja, mas inventar um modelo de negócios genial é humano", afirma a revista.
O texto diz que a igreja de Macedo é a apenas a terceira maior entre as episcopais no Brasil, mas "a mais ambiciosa, com filiais em 172 países, um partido político (PRB) e uma rede de TV (Record)".
Mas, de acordo com a revista, o maior próposito do partido "parece ser defender os interesses da Igreja Universal contra ataques de seus poderosos inimgos, que incluem a Igreja Católica e a Globo".
Defesa
A reportagem diz que a recém-publicada biografia autorizada de Macedo - O Bispo: A História Revelada de Edir Macedo - é rica em informações curiosas, mas não traz novidades sobre as finanças da igreja ou sobre sua conversão do cristianismo.
O texto, porém, nota que que Macedo usa o livro para se defender "com robustez" das acusações de que a igreja "explora a credulidade dos desesperados".
O título da reportagem - Se a redenção falhar, você ainda pode usar o banheiro de graça - foi tirado de um dos argumentos que Macedo usa no livro.
"Aqueles que não ganham nada ainda podem vir ao culto, usar o amplo salão com ar-condicionado e um banheiro limpo sem pagar", cita livremente a revista.
"Eles podem até parar de beber, de bater em suas mulheres e se unir à igreja".

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

FRASE DO DIA

Como disse minha queridíssima amiga Flávia Padeti, "quem vive de ilusão é mágico". E mais: "Continua dirigindo o carro e arranca o retrovisor". Pra bom entendedor, meia palavra basta...rs. Gracias Flavitcha!

Quem se importa?

Adoro observar as pessoas. E até uma simples viagem de metrô pode nos propor uma reflexão. Neste dia, já faz algum tempo, fiquei observando e pensando porquê nos tornamos tão carrancudos, mal humorados, e como é difícil encontrar alguém (pelo menos nesse dia) que desse um sorriso mínimo, no vagão do metrô...

As pessoas não riem mais. Fiz essa constatação no metrô, numa dessas tardes quentes, abafadas, em que todos se olham com ar de desprezo. Mas onde está o sorriso? – Me perguntei. Houve alguma mudança genética que não permite mais esticar os músculos da boca para o lado e simplesmente sorrir? Eu não estou sabendo.
Preocupa-me viver num mundo assim. É perturbador ver olhos tão cansados e desgostosos numa tarde no metrô. Por que tanta falta de ânimo? Por acaso, a escassez de sorrisos se deve à situação repugnante de corrupção no governo? Mas quem sabe o riso não é uma solução, uma espécie de ferramenta para extravasar o quanto somos infelizes?
Eu não sei, só sei que gosto de sorrir e que hoje em dia, sorriso de bom grado é raro. Coisa para se compartilhar com os íntimos. Só espero que o sorriso não vá parar no museu, exemplificando uma forma de expressão abandonada pela humanidade.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ensaios de 2008

Dois de janeiro de 2008, primeiro dia útil do ano, mais uma vez esperanças que se renovam, aquela mesma velha e nova sensação de que podemos mudar tudo, fazer diferente e começar o ano com o pé direito. Estamos cheios de entusiasmo e vitalidade para terminar o que não foi feito, rever conceitos, mudar de opinião. Mais do que desejos e objetivos individuais existe uma necessidade de transformar o coletivo e ter como resultado um mundo melhor. Mas como fazer isso? Não é uma tarefa fácil. Logo na primeira página do jornal de hoje, notícias que vão na contramão de toda a esperança para um ano melhor. A sangrenta luta de etnias no Quênia, em que 50 pessoas são queimadas vivas num templo religioso. Mas que notícia de começo de ano é essa?
E não muito longe da minha casa, uma família chora a perda de Ed Carlos Amaral, que foi apenas comemorar a virada do ano numa praia paulista. A casa em que estava com a família e amigos foi invadida por um adolescente de 17 anos, armado, e que disparou três tiros; um deles, fatal, matou Ed Carlos. A família ainda doou os seus órgãos.
Essas não eram as notícias que gostaria de ler nesse começo de ano. Por mais que meu individualismo e até egoísmo me proponham a felicidade e o contentamento com os meus projetos, a minha vida, o meu 2008, já me sinto desconfortável com o início de ano de muita gente, gente como essa família que não teve na virada do ano um momento de renovação e boas lembranças. Mas infelizmente ou felizmente a vida segue. A notícia de hoje já não terá tanto impacto amanhã, e voltando ao santo egoísmo de cada um, de cada dia, no dia 3, quem sabe, eu possa voltar a ficar feliz, entusiasmada, sonhando com um 2008 pleno, repleto de realizações e de boas notícias.