quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Sobre mais um ano

Quando eu era uma adolescente iniciante achava que era difícil eu ser alguém interessante; entender que os outros podiam gostar de mim simplesmente pelo que eu sou, sem ter que agradar ou ser quem não sou. Eu ficava tentando me encaixar e me enquadrar a turmas que de fato não pertencia, não eram minhas.
Ficava tentando ser o que eu não sou. De lá pra cá felizmente muita coisa mudou. Hoje muitos anos depois, aos quase 30 anos, fico feliz em saber que já não quero e nem tento me enquadrar em qualquer turma só pra ser "aceita".
É claro que às vezes me sinto desinteressante e todas essas bobagens que às vezes passam na cabeça de uma mulher, de qualquer ser humano, mas de fato vejo que cresci. Cresci o bastante pra assumir que não sei mais se quero ser jornalista, que já não morro de amores por reportagem ou televisão.
Cresci o bastante pra fazer escolhas, emitir opiniões, rir e chorar de mim mesma. Cresci o bastante para descobrir que a morte, a perda de alguém que amamos é algo que levamos pelo resto da vida. Cresci e continuo crescendo a cada dia com as minhas descobertas, meus medos, vontades, sonhos, realizações. E espero sinceramente que 2009 seja isso: um ano de crescimento! Não só de idade, mas de consciência, de amor próprio e pelos outros, de mais ganhos do que perdas, de choros e risos.
E um brinde à vida! Que venha 2009!!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O que dizer?

Acabei de ler uma notícia que me deixou simplesmente perplexa, chocada, revoltada: militares e voluntários civis roubam doações que seriam para as vítimas das enchentes de Santa Catarina. Que coisa mais lastimável não é meus caros? Os relatos ainda me surpreenderam mais: a mulher que diz que tal tênis está muito bom e por isso vai levá-lo pro seu guri; o militar que pega um objeto e diz que vai dá-lo para a namorada. Desculpe perguntar novamente, mas que país é esse? que pessoas são essas?
Quando dizem que o ser humano é primitivo, frágil realmente devemos concordar. É repugnante saber que cidadãos têm a coragem de roubar doações. Muita gente se mobilizou no país inteiro para doar, mandar dinheiro, água, comida, roupas... pra quem precisa e não pra um bando de ladrões, entre eles alguns que vestem fardas.
Lamentável e triste. É só isso que posso dizer.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sobre descobertas

Tenho descoberto que mais do que curiosidade pela informação tenho curiosidade pelas pessoas, suas histórias, o tanto de alegria e tristeza que cada um carrega no seu baú.
Quando era mais jovem, adolescente, achava que jornalismo era a profissão certa para alguém como eu, tão curiosa por tudo ou quase tudo que existe. Mas aí eu cresci. Passei no vestibular, fiz faculdade, enfrentei o dia a dia da profissão, conquistei objetivos, me decepcionei, caí, levantei, mudei de empregos, percebi que talvez eu não queira mais ser jornalista ou pelo menos não a repórter, jornalista de tv que até então eu achava o destino profissional certo para mim.
Agora a pergunta que fica é se essas conclusões são resultado de autoconhecimento, do fato de eu me perceber melhor ou da dificuldade de valorizar tudo aquilo que eu já tenho e conquistei.
Espero que seja a primeira opção, porque entre tantas incertezas, uma certeza: estou me conhecendo melhor. Aos quase 30 anos acho que tenho aprendido aos poucos o que significa mesmo ser adulta. Sim, ainda tenho os meus mimos. Alguns que tanto me aborrecem. Mas por outro lado também me sinto um pouco mais tranquila pra assumir minhas vontades, pensamentos. Como sempre digo e vou conseguir: procuro ser uma pessoa melhor. E o significado de ser uma pessoa melhor também inclui se conhecer melhor. Em resumo: não sei se estou ficando mais madura, menos jovem ou sei lá o que. O fato é que já não sou mais a mesma.

Somos todas mulheres

Improváveis, impossíveis, às vezes insensatas.
De chapinha, de cabelo encaracolado, cabelo liso, cabelo crespo.
Altas, magras, baixas, gordas, não necessariamente nessas combinações
Somos todas sensíveis
Calorosas, ciumentas, às vezes invejosas
Podemos rir ou chorar com a maior facilidade
Temos pés, mãos, braços, olhos, mas mais que tudo temos coração.
Podemos ficar mais bonitas ou feias em questão de minutos, dependendo do nosso humor quando acordamos e nos olhamos no fiel espelho.
Entre tantas mulheres que conheço, me reconheço em muitas delas.
Em seus olhares, seus desejos, sonhos, frustrações, vontades.
Sou alta, magra, diria que "quase loura", sensível, tentando e querendo no gerúndio ser mais prática, objetiva, menos indecisa... rs ... sou mulher como tantas outras.
Sou diferente e parecida ao mesmo tempo com você minha amiga, minha vizinha, minha mãe, aquela mulher que está na esquina atravessando a rua ou a que está do outro lado do mundo.
Somos todas mulheres.

Ai que saudade...

Ai que saudade do meu blog, de postar meus textos... depois de um período out of the world...rs, aqui estou eu de volta com muito pra dizer.

Acreditem, mas a caminho de Porto Alegre, esperando o avião no aeroporto e tomando um café fui tomada por uma vontade enorme de escrever. E escrevi muita coisa; sobre mim, sobre os outros. Enfim um momento de tranquilidade no aeroporto que resultou em muitos pensamentos, idéias. Situação engraçada é que a inspiração continuou dentro do avião e eu que já tinha escrito em vários papéis de guardanapo, sem ter mais espaço pra escrever e sem um devido caderno, o que não deve faltar para um jornalista que se prese, enfim o colega da poltrona ao lado me ofereceu o seu guardanapo para eu continuar meus escritos rs; ele disse: - tô vendo você procurando espaço pra escrever nesse guardanapo. Quer o meu?.
Eu mais que rapidamente aceitei e pensei: nossa, como as pessoas podem ser generosas!
Bom e o que resultou de toda essa saga inspiradora no aeroporto e no avião são os próximos textos que vou postar...