quinta-feira, 6 de março de 2008

Sobre o tempero da vida

Hoje, meu terapeuta me disse que a vida tem que ter tempero. Traduzindo é necessário amor, arte, vínculos. O trabalho também faz parte. Mas a gente trabalha pra sobreviver e se divertir. Não tem que se matar de trabalhar, o que seria tamanha incoerência já que trabalhamos justamente pela sobrevivência. Mas a vida seria muito chata se fosse apenas isso. Precisamos do sorriso de um amigo, o gesto espontâneo de quem te ama, a felicidade de compartilhar. E felicidade é uma condição social que depende do contato com outras pessoas. Pra ser feliz é preciso ter vínculos, ter motivos pra acordar sorrindo em mais um dia de trabalho. Eu já achei que o mais importante na minha vida era trabalhar. Até porque se não fosse estaria completamente fora dos padrões. Alguém que não está correndo literalmente em busca do seu futuro e do sucesso. Mas tenho percebido que isso é uma grande bobagem. Estou percebendo que há outros caminhos. Já "me matei" de trabalhar e acabei só ficando doente, infeliz. Apenas ser repórter e aparecer na telinha não traz qualquer felicidade. O que traz felicidade sim, eu repito são os vínculos. E disso eu posso muito me alegrar, porque tenho descoberto que pra mim, o que vale mais a pena nessa vida, não é dinheiro, não é trabalho e sim as pessoas. Tenho refletido muito sobre o meu "papel", como fazer algo que tenha um efeito social. Felizmente acho que parei de olhar só pro meu umbigo. Uma grande descoberta pra quem se achava um tanto perdida, num mundo em que a maioria não pára pra contestar e simplesmente vive sem sequer saber o que realmente te faz feliz.

Um comentário:

Revisora do P... disse...

Ah sim, sempre a velha história, nem sempre precisamos de tudo que queremos. Às vezes o que nos faz feliz está ali, bem pertinho.